À Rádio Morabeza, Elísio Silva, delegado desde 2015, refuta as acusações do PAICV e fala em ganhos.
“Ao ouvir a deputada referir a degradação de indicadores em São Vicente fiquei espantado com os dados referidos, porque a ilha, nos últimos tempos, tem melhorado significativamente o que é o atendimento na atenção primária, que é seguida directamente pelo delegado de saúde. Houve um aumento do número de técnicos de saúde em todos os centros”, afirma.
No parlamento, Filomena Martins exemplificou com o registo de doenças como brucelose e salmonelose.
O delegado de saúde fala em situações pontuais que, acredita, podem ter sido causadas por factores externos.
“São doenças provocadas principalmente por alimentos, por exemplo queijo e ovos. Não podemos alarmar a população quando falamos de um ou dois casos de doenças totalmente controladas e que, muitas vezes, são causadas por alimentos provenientes de outras ilhas”, refere.
Dados da Delegacia de Saúde indicam que a estrutura registou 82 casos de salmonelose em 2015. O número diminuiu para metade em 2017, com 41 situações do género.
Em relação à brucelose, houve também uma diminuição das ocorrências. Em 2015 foram registados dois casos. O número subiu para seis em 2016 e voltou a baixar, para um único caso, em 2017.
Até este momento, e desde Janeiro, ainda não foi registado qualquer caso de nenhuma das duas doenças.
Elísio Silva sublinha que declarações como as de Filomena Martins não abonam a favor do trabalho feito pelas estruturas de saúde.
“Nós que trabalhamos todos os dias com o intuito de melhorar a condição de saúde da população ficamos insatisfeitos quando vemos este tipo de comunicação, onde uma pessoa, por si, muda a verdade do trabalho que estamos a realizar”, lamenta.
O responsável sanitário recorda o esforço no aumento da rede de cuidados primários de saúde, por forma a aliviar as urgências hospitalares.