São 40 os voluntários, divididos em dois grupos, que durante 15 dias vão efectuar a limpeza do local. A praia é limpa todos os anos para poder receber as tartarugas marinhas que iniciam a sua postura agora no mês de Junho.
“A praia tem toneladas de lixo, principalmente de origem de pesca, portanto, redes, que causam dano significativo à população de tartarugas marinhas nidificante. Estamos neste momento com 20 pessoas ali a dar o seu próprio tempo, para estar debaixo do sol a fazer a limpeza de uma praia. Muito desse lixo nem é proveniente de Cabo Verde. Não quer dizer que Cabo Verde não polua, porém, o lixo de Cabo Verde há-de parar em outros locais”, realça.
Neste momento, trabalham com a Biosfera profissionais da Direcção Nacional do Ambiente e da Agência Nacional de Águas e Saneamento, no sentido de identificar a proveniência do lixo.
“Vamos tentar que, com o relatório final, consigamos responsabilizar alguns países para ver se conseguimos ter alguma verba para continuar a fazer essa actividade. Ter 40 pessoas ao longo desses 15 dias, temos que os alimentar, dar-lhes comodidade, o próprio transporte para a ilha, é algo que fica a um valor bastante caro, que até agora tem sido suportado, algumas partes por alguns parceiros da Biosfera, mas a maior parte é por fundos próprios da Biosfera”, explica.
A limpeza da Praia dos Achados, uma das praias com maior desova de tartarugas na ilha de Santa Luzia, exige um trabalho contínuo, sendo esta a quarta operação de limpeza levada a cabo pela Biosfera.
O montante investido anualmente nestas campanhas ronda os 600 contos.