​Mais de 40 cabo-verdianos deportados dos Estados Unidos desde o inicio do ano

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,18 jul 2018 7:50

Um total de 42 emigrantes cabo-verdianos nos Estados Unidos foram deportados para Cabo Verde desde o início do ano a esta parte, afirma Carlos Veiga, em entrevista à Inforpress.

Segundo o diplomata, representante de Cabo Verde nos Estados Unidos, as ilhas escolhidas para acolher esses emigrantes são Santiago, São Vicente, Boa Vista, Fogo e Brava, sendo que a ilha do Fogo recebeu a maioria dos deportados.

No ano passado, foram repatriados 29 pessoas.

Segundo Carlos Veiga, desde a sua chegada aos Estados Unidos, os casos ocorridos de deportação com documentos emitidos pelas representações de Cabo Verde referiram-se apenas a casos criminais, por homicídio, assaltos, tráfico e posse de drogas, posse de armas, crimes sexuais, violência doméstica, furtos, roubos, entre outros.

“Em comparação com a dimensão da comunidade estimada em cerca de meio milhão de cabo-verdianos, incluindo as segundas gerações, é pouco. É também menor do que o fluxo de deportados de outras paragens, como a Europa” analisa o embaixador.

No entanto, reconhece que este cenário é dramático para as famílias dos deportados, nos EUA e em Cabo Verde, e pode ser desestabilizador, socialmente e em termos de segurança pública para um país pequeno e insular, composto maioritariamente de comunidades pequenas, de pouco mais de centena de pessoas.

Carlos Veiga realça, no entanto, que na altura em que assumiu as funções se estimava que cerca de 400 emigrantes cabo-verdianos estariam abrangidos por uma ordem de deportação.

“Dados actualizados de Maio de 2018 dão conta que, de 1987 a 2018 foram deportados dos EUA um total de 841 cabo-verdianos e que estão pendentes, com ordem final de deportação, mais 412 casos, sendo 219 em cumprimento de sentença pela prática de crime e 193 por casos não criminais”.

Cabo Verde está aberto a receber os cabo-verdianos deportados, e a facultar-lhes as condições necessárias para se inserirem na sociedade.

“Em princípio não é difícil a integração na sociedade cabo-verdiana. Mesmo para um estrangeiro, quanto mais para um patrício”, enfatiza Carlos Veiga.

Questionado sobre que tipo de apoio as autoridades cabo-verdianas disponibilizam aos deportados, Veiga explica que eles são recebidos à chegada a Cabo Verde pelo Ministério da Inclusão Social, que lhes atribui um pequeno subsídio monetário para as primeiras despesas.

“É o que o país pode conceder e não difere de outras prestações de solidariedade feitas aos residentes carenciados em geral”, conclui.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,18 jul 2018 7:50

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  18 jul 2018 18:26

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