José Teixeira falava durante um encontro de delegados de Saúde, Agricultura e Ambiente que decorreu hoje na Cidade Velha, na ilha cabo-verdiana de Santiago, no qual transmitiu as preocupações das autoridades com o elevado número de cães vadios no arquipélago.
Principalmente em algumas ilhas, e junto das populações mais rurais, a presença destes animais tem-se traduzido em elevados prejuízos, tendo em conta que são cada vez mais frequentes os ataques ao gado, sobretudo a cabras.
“Todos os dias temos agricultores que se queixam que duas, três cabras foram atacadas por cães vadios”, disse José Teixeira à agência Lusa, reconhecendo a dimensão de um problema que já levou as autoridades a elaborar um plano que aguarda ainda financiamento.
A resposta à problemática dos cães vadios em Cabo Verde – mais de 10 mil, de acordo com as estimativas das autoridades – deverá passar pela captura dos animais, cuja prioridade será dada aos que atingem as terras dos agricultores mais fustigados pela presença destes animais.
Segundo José Teixeira, o abate irá “respeitar a lei” e só acontecerá se os animais não forem, entretanto, adoptados.
Do plano das autoridades para resolver este problema constam ainda castrações para evitar a proliferação dos animais, sensibilização da população contra o abandono dos canídeos e campanhas de promoção dos animais.
O director Geral da Agricultura, Suinicultura e Pecuária de Cabo Verde especificou que as ilhas do Fogo, Maio, Santa Cruz e Boavista são as que maiores preocupações levantam e onde foram mais frequentes os ataques dos cães, com os consequentes prejuízos para os agricultores.