"Foi um homem que teve um vasto percurso político, diplomático e não é por acaso que, mesmo depois de deixar a liderança das Nações Unidas, integrou instituições internacionais ligadas sobretudo à paz, combate à violência em África e, sobretudo, à promoção e difusão dos direitos fundamentais, dos direitos humanos", disse aos jornalistas Jorge Carlos Fonseca.
Para o chefe de Estado, Kofi Annan, falecido hoje aos 80 anos, "não terá conseguido, naturalmente , resultados totalmente satisfatórios no seu trabalho". Contudo, "será visto como titular de iniciativas de reformas sérias nas Nações Unidas".
Jorge Carlos Fonseca sublinhou alguns dos dossiers que estão ligados ao trabalho de Kofi Annan, como o Iraque, a Síria, "um dossier que continua muito actual", e Timor-Leste.
Kofi Annan, galardoado com o prémio Nobel da Paz de 2001, "defendeu uma ordem mundial mais justa. A questão da violência em África, as violações dos direitos humanos, eram temas que estavam no centro das preocupações de Kofi Annan", disse.
Com uma carreira profissional nas Nações Unidas, Kofi Annan cumpriu dois mandatos como secretário-geral desta organização, entre 01 de Janeiro de 1997 e 31 de Dezembro de 2006.