A Classificação é liderada pelas Maurícias, pelas Seychelles e Cabo Verde, os únicos países a ultrapassarem os 70 pontos na classificação final do ranking Mo Ibrahim para a governança africana.
No entanto, no caso de Cabo Verde, há uma degradação na pontuação final e que se vem acentuando desde 2016. Na altura, Cabo Verde conseguiu 72 pontos, no ano passado a pontuação desceu para os 71.9 e este ano, apesar de ganhar uma posição, Cabo Verde fica-se pelos 71.1 – Seychelles é segunda com 73.2 e Maurícias primeira com 79.7.
Alertas
Apesar da classificação obtida por Cabo Verde, a Fundação Mo Ibrahim alerta para a degradação da pontuação do país dizendo que três “países que ainda integram o top5 registam um declínio de pontuação ao longo dos últimos cinco anos”. São eles: Maurícias (-0.7), Cabo Verde (-0.8) e Botsuana (-3.7).
Cabo Verde tem as piores classificações nos sectores Segurança e Estado de Direito, de Participação e Direitos Humanos, Desenvolvimento Económico Sustentável e Desenvolvimento Humano.
As subcategorias de Ambiente de Negócios, Infraestrutura e Educação são aquelas que registam uma redução mais acentuada.
No relatório, é considerado "preocupante" que Cabo Verde, juntamente com o Botsuana, Namíbia e África do Sul, estejam no top 10 da tabela geral em termos de Transparência e Responsabilidade e sejam simultaneamente os que pioraram mais na última década.
O Índice Ibrahim de Governação Africano (IIAG) mede anualmente a qualidade da governação em 54 países africanos através da compilação de dados estatísticos do ano anterior.
Este ano a informação foi recolhida junto de 35 fontes oficiais e usada em 102 indicadores, dos quais 27 para a categoria de Segurança e Estado de Direito, 19 para Participação e Direitos Humanos, 30 para a categoria de Desenvolvimento Económico Sustentável e 26 para Desenvolvimento Humano.