A população alvo são todas as crianças da faixa etária entre nove meses a quatro anos, onze meses e 29 dias. A médica responsável pela campanha em São Vicente, Ariana Monteiro explica, em entrevista esta segunda-feira à Rádio Morabeza, que o objectivo é interromper a circulação dos vírus causadores das duas doenças.
“Nós não temos registado casos, mas estamos a trabalhar exactamente no sentido da prevenção. Ao vacinar as pessoas estamos a contribuir para que elas desenvolvam defesas contra essas doenças para que não surjam casos. Os vírus dessas doenças são altamente contagiosos para quem não tem defesas, então a grande arma é realmente a vacinação”, explica.
A vacina vai ser ministrada através de uma injecção. O trabalho vai ser feito por equipas de profissionais que estarão em postos fixos em todas as estruturas de saúde, unidades sanitárias de base, jardins infantis, escolas e em casas de particulares.
Tudo com o objectivo de estar mais próximo do público-alvo.
“A campanha começa no dia 7, e poderão se dirigir às unidades de saúde mais próximas, aos jardins infantis e levar seus filhos, com toda a certeza. Mas ainda não terminamos o circuito neste momento. Nós agradecemos que as crianças se façam acompanhar do caderno de saúde para nos certificarmos da sua idade e verificarmos quais foram as vacinas que essa criança já recebeu durante o programa habitual”, lembra.
Em São Vicente, segundo a médica, o número total de crianças a serem vacinadas é de 5.905. Ariana Monteiro esclarece que a vacinação deve ser feita independentemente da criança ter sido ou não vacinada anteriormente contra o sarampo e a rubéola.
A responsável da campanha a nível regional explica que nenhuma criança deve ficar sem imunidade, e alerta para as consequências da não vacinação.
“Nós sabemos que as crianças menores de cinco anos são mais vulneráveis a problemas de saúde, e essas doenças quando não prevenidas, a acontecer, podem ter consequências graves para a saúde e até ameaçar a vida das crianças. Por exemplo, essas doenças podem levar crianças a ficarem surdas, cegas, a se complicarem com pneumonia, com otites, com problemas do sistema nervoso central, meningoencefalites, e nalguns casos, de crianças desnutridas, pode ocorrer risco de vida”, alerta.
A Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo e Rubéola decorre de 7 a 13 deste més. A meta é eliminar o sarampo e rubéola até 2020.