De acordo com o Índice da Democracia elaborado pela The Economist Intelligent Unit, o arquipélago ocupa a 26.ª posição, à frente de Portugal (27.ª), de Timor-Leste (42.ª) e do Brasil (50.ª), todos classificados como democracias com falhas.
Cabo Verde manteve a mesma pontuação do índice anterior (7.88), mas caiu três lugares na lista, relativamente à avaliação anterior, quando ocupava a 23.ª posição. O país teve as melhores pontuações nos critérios "processo eleitoral e pluralismo" (9.17), "liberdades civis" (8.82) e "funcionamento do governo" (7.86) e as piores na "participação política" (6.67) e "cultura política" (6.88).
Numa avaliação em que a generalidade dos países lusófonos manteve as pontuações, a posição de Moçambique deteriorou-se em 2018, obtendo uma pontuação de 3.85 em 10 pontos possíveis, face aos 4.02 pontos conseguidos na avaliação anterior.
O país ocupava, em 2017, a 115.ª posição em 167 países avaliados e era considerado um "regime híbrido", tendo caído, em 2018, para a 116.ª posição, passando a ser classificado como "regime autoritário".
A alteração de classificação de Moçambique foi motivada pelas "disputadas eleições locais de Outubro, que arriscam desestabilizar o processo de paz em curso entre o partido no poder, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e o partido da oposição armada, a Resistência Nacional Moçambicana [Renamo]", segundo a The Economist.
"Participação política" (5.00 pontos) e "cultura política" (5.00) foram os critérios mais bem avaliados, enquanto a pior pontuação foi atribuída ao "funcionamento do Governo" (2.14) e às "liberdades civis" (2.53).
Timor-Leste manteve a pontuação com 7,19, mas subiu um lugar no índice, enquanto o Brasil melhorou a classificação, passando de 6.86 para 6.97, mas caiu uma posição. "Processo eleitoral e pluralismo" e "liberdades civis" foram as categorias mais bem avaliadas nos dois países.
Angola (123.ª), Guiné-Bissau (157.ª) e Guiné Equatorial (161.ª) mantêm a classificação de "regimes autoritários", com pequenas oscilações, quer nas pontuações, quer na posição no índice.
A nível global, de acordo com o Índice da Democracia, elaborado pelo The Economist Intelligent Unit, a média do índice de democracia manteve-se estável em 2018 pela primeira vez em três anos, mas 42 países baixaram a sua cotação e apenas 4,5% da população vive em plena democracia.