Docentes defendem maior estudo de Mandela e da história de África

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,18 jul 2019 7:41

Nelson Mandela
Nelson Mandela

O Dia Internacional Nelson Mandela assinala-se hoje e docentes cabo-verdianos defendem que esta figura africana, assim como a história da África merecem ser estudadas nas escolas do país.

A Assembleia Geral da ONU, em Novembro de 2009, instituiu o 18 de Julho como Dia Internacional Nelson Mandela, data do nascimento deste líder sul-africano.

Com esta decisão, que contou com o consenso de 192 países membros, a Organização das Nações Unidas (ONU) quis homenagear a dedicação de Mandela a serviço da humanidade pela resolução de conflitos, pela relação entre as raças, promoção e protecção dos direitos humanos, a reconciliação, igualdade de géneros e direitos das crianças e outros grupos vulneráveis.

Quis-se igualmente reconhecer a sua contribuição para a democracia internacional e a promoção da cultura da paz através do mundo.

Lígia Herbert, professora universitária, entende ser necessário que os alunos cabo-verdianos conheçam os grandes homens da África, como Nelson Mandela.

“É preciso também trazer os nomes e a história da África para que comecem a conhecer melhor o continente”, propõe, acrescentando que, a nível da literatura, em Cabo Verde não se estuda produções escritas africanas.

Para Lígia Herbert, é nas escolas que se forma pessoas com consciência histórica.

Por sua vez, o investigador Nardi Sousa é preciso instituir o conhecimento sobre a história da África.

“Este desconhecimento [sobre a história de África, faz também com que muitos não se interessem profundamente por Nelson Mandela e outros grandes africanos”, afirmou.

Nascido numa família de nobreza tribal, numa pequena aldeia do interior da África do Sul, onde possivelmente viria a ocupar cargo de chefia, Mandela recusou esse destino aos 23 anos ao seguir para a capital, Joanesburgo, e iniciar sua actuação política.

Vencedor do Prémio Nobel da Paz de 1993 e pai da moderna nação sul-africana, onde é normalmente referido como Madiba (nome do seu clã), Mandela é considerado como o mais importante líder da África Negra.

Passando do interior rural para uma vida rebelde na faculdade, transformou-se num jovem advogado na capital e líder da resistência não violenta da juventude, acabando como réu num infame julgamento por traição.

Mandela, pela sua luta contra o apartheid (segregação racial) foi preso e passou 27 anos na prisão, tornando-se no prisioneiro mais famoso do mundo, e, finalmente, o político mais galardoado em vida e responsável pela refundação do seu país como uma sociedade multi-étnica.

Depois de uma campanha internacional, ele foi libertado em 1990, quando recrudescia a guerra civil na África do Sul.

Primeiro presidente negro da África do Sul, Mandela faleceu no dia 5 de Dezembro de 2013, tendo a sua morte sido anunciada pelo seu sucessor Jacob Zuma.

“A nação perde seu maior líder. Ainda que soubéssemos que esse dia iria chegar, nada pode diminuir o nosso sentimento de perda profunda”, declarou Zuma.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,18 jul 2019 7:41

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  18 jul 2019 16:21

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