O Ministro de Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, que falava segunda-feira, à margem de um workshop de apresentação do estudo, disse que se tratam de perdas do sistema, que preocupam a todos.
“Cabo Verde tem a escassez de água, não se pode produzir muita água, pôr na rede, e boa parte desta água não ser facturada por uma ou outra razão”, disse.
Gilberto Silva salientou que é importante realizar estudos apurados que permitam, de facto, detectar com relativa exactidão os problemas, de modo a que possam ser resolvidos gradualmente.
“Daí que o Governo anda empenhado com os parceiros da cooperação e naturalmente as entidades gestoras, para podermos de facto detectar e progressivamente eliminar as perdas, e incorporar isto em todo o sistema tarifário” assegurou, afirmando que não é possível continuar com estas perdas, fazendo com que os clientes paguem pela “ineficiência da gestão ou por falhas físicas existentes na rede.
Para o governante, há que continuar a resolver estas questões em todo o país. Em alguns casos, segundo a mesma fonte, pode-se estipular soluções, como por exemplo, a substituição de contadores ou outras medidas, progressivamente executadas pelas entidades gestoras.
No que se refere ao Estudo de Saneamento sobre a ETAR de Ribeira de Vinha, em São Vicente, o ministro afirmou que a rede de saneamento e a ETAR foram concebidas para uma determinada carga, sobretudo de esgoto urbano, mas que, ao longo do tempo, foram incorporadas indústrias.
“Indústrias com impacto muito forte na gestão das águas residuais e hoje confrontamo-nos com problemas técnicos que têm de ser equacionados, por um lado. Por outro lado, creio que é consensual e acima de tudo é de conhecimento de todos que Cabo Verde tem de apostar num bom tratamento e na reutilização segura das águas residuais tratadas”, assegurou.