Miguel Moura falava no encerramento da VII reunião do Comité Regional de Pilotagem do Programa Hidrológico para a África, que decorreu durante três dias, na cidade da Praia, com o objectivo de debater os principais desafios do sector dos recursos hídricos no continente.
Segundo o responsável, um outro ponto deste novo paradigma é a eficiência energética, uma vez que, conforme explicou, em Cabo Verde gasta-se muita energia na produção e distribuição da água.
“O novo paradigma do Governo de Cabo Verde é a dessalinização da água salobra e do mar para a agricultura e consumo humano, assim como a reutilização da água residual tratada”, precisou.
Para isso, a adopção das energias renováveis na produção e distribuição da água tem um potencial para reduzir os custos e a tarifa da água.
“O novo paradigma do Governo de Cabo Verde é a dessalinização da água salobra e do mar para a agricultura e para o consumo humano, assim como a reutilização da água residual tratada”, precisou.
“Cabo Verde, sendo um país com sérias restrições no acesso à água, sentiu-se honrado em receber grande número de cientistas africanos para debater a questão da água”, notou Miguel Moura.
O Programa Hidrológico Internacional (PHI) é o programa intergovernamental de cooperação científica da Unesco no campo da investigação sobre a água, gestão, educação e capacitação em recursos hídrico.
Durante três dias especialistas em hidrologia e hidrogeologia, académicos e pesquisadores em recursos hídricos de 26 países africanos reflectiram e debateram os principais desafios do sector dos recursos hídricos no continente, tendo como pano de fundo as alterações climáticas e seus efeitos na mobilização de água e gestão dos cursos de água transfronteiriços.