A cerimónia de abertura foi presidida, quinta-feira, pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, que destacou a importância do evento “na aproximação entre os jovens, as suas organizações e os decisores políticos”.
“A institucionalização de um espaço de diálogo que se pretende estruturado e horizontal, enquanto meio e instrumentos para a permuta de conhecimentos e informações, mas também de produção de ideias e propostas”, sublinhou.
“É fundamental a institucionalização de espaços de discussão e de concertação como este, para que os jovens, as suas opiniões e suas preocupações possam ser consideradas na definição das políticas que a eles se destinam”, reforçou.
O I Fórum Nacional da Juventude é organizado numa parceria entre o governo, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Câmara Municipal de São Vicente.
Presente na abertura do evento, o representante do Escritório Conjunto do PNUD em Cabo Verde, Boubou Camara, sublinhou a importância da “aposta e inclusão“dos jovens nas escolhas de politicas para o desenvolvimento do país.
“Temos que mobilizar a juventude para que ela participe de forma activa na construção de sociedades inclusivas e promotoras de desenvolvimento sustentável. Neste momento, gostaria de ressaltar a importância de adopção de politicas publicas que promovem o crescimento da económico com enfoque na juventude enquanto força motora da sociedade, uma responsabilidade que cabe aos governantes mas que deve contar com a participação e envolvimento de todos”, afirmou.
Existem actualmente 1,8 mil milhões de pessoas no mundo com idade entre 10 e 24 anos, o que representa a maior população de jovens (15 a 24 anos) e adolescentes (10 a 19 anos) da história. Jovens que, de acordo com as Nações Unidas, “podem contribuir de forma decisiva para o desenvolvimento sustentável com inclusão social dos seus países”.
Para isso é necessário assegurar os seus direitos, bem como a promoção do investimento no seu futuro.
É neste sentido que o presidente da Câmara Municipal de São Vicente, anfitrião do evento, chamou a atenção para a necessidade de “nova articulação entre trabalho e educação”.
“É preciso criar condições superiores de inclusão produtiva dos jovens superando a entrada precoce no mundo de trabalho, a remuneração desigual, as jornadas de trabalho incompatíveis com a continuidade dos estudos entre outras formas de precarização do trabalho juvenil. O desafio passa a ser o de combinar a criação depostos de trabalho decente para a juventude , com programas que integram A transferência de renda, elevação continuada e qualitativa da escolaridade, tempo livre, formação cientifica, mobilização em serviços comunitários”, apontou.
Durante três dias, no fórum, que está dividido em cinco painéis, vão ser analisados temas como a Juventude Africana: Perspectivas e oportunidades; Oportunidades de financiamento; Agenda 2010, a Localização dos ODS, o Papel das comunidades no cumprimento da Agenda 2030 e o Engajamento da Juventude na Agenda 2030; Políticas nacionais de Emprego e Empregabilidade Desenvolvimento de Competências e Empregabilidade, bem como o Ecossistema para a Cooperação Sul-Sul, o reforço das capacidades para a promoção de negócios e parcerias e o papel das Associações nessa cooperação Sul-Sul.
A realizados workshops comunitários sobre a participação cívica e cidadania, a política das meninas e mulheres jovens, o voluntariado enquanto ferramenta para o desenvolvimento, Estilos de Vida saudável, a saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes, serão outras actividades.