O Presidente da República (PR) falava aos jornalistas a margem da cerimónia de abertura do Ano Judicial.
“É uma grande vitória para os cabo-verdianos, é motivo de festa para os que estão nas ilhas, que estão nas comunidades no exterior e é sobretudo o reconhecimento de que a cultura de Cabo Verde, nomeadamente a música, em especial a morna, constituem traços marcantes de uma identidade específica, própria e que é motivo de orgulho de todos os cabo-verdianos”, afirmou.
A consagração, conforme o PR, contribui para o ego e auto-estima dos cabo-verdianos além de ser um motivo de divulgação.
“Há mais imprensa, haverá mais curiosidade e também tem mais estimulo interno para nós cabo-verdianos para apoiarmos mais, estimularmos mais, divulgarmos mais aquilo que temos de melhor, que é a nossa cultura, em concreto a nossa música”, manifestou.
Na mesma ocasião o Presidente da Assembleia Nacional, Jorge Santos, mencionou que para chegar a este ponto, foi um longo percurso da morna que “reflecte” e que “tem sido” o cimento da nação cabo-verdiana dentro e fora do país.
“Por isso o motivo é de muita satisfação e nós parabenizamos a comunidade musical, todos os artistas, todos os poetas, mas acima de tudo também as instituições: o instituto de promoção cultural, o ministério da cultura, o Governo de Cabo Verde, o Parlamento e todas as instituições da república de Cabo Verde”, denotou.
Jorge Santos salientou ainda que não é preciso ter expectativas de que algo vai mudar com a classificação da morna como Património Imaterial da Humanidade.
“O que nós queremos é que a morna continue a evoluir, a ter cada vez maior e mais qualidade e que a nação tire as consequências no sentido, principalmente a nível das instituições públicas para investirmos cada vez mais na formação e na promoção da morna”, finalizou.