“É preciso entender que os advogados não agem por seu próprio benefício, na verdade são defensores da democracia e da sociedade, na medida em que o Estado do Direito democrático garante a liberdade a todos, os advogados defendem os direitos e as liberdades das pessoas”, afirmou.
Prosseguindo, Sofia de Oliveira Lima referiu que a advocacia foi sempre ligada aos “valores essenciais” da pessoa humana, pelo que é imprescindível para a composição duradoura dos litígios e para a punição justa dos comportamentos delituosos.
Ainda nas suas declarações a bastonária relembrou que os advogados estiveram muitas vezes na “primeira linha” das grandes causas colectivas que conduziram às transformações políticas pelo mundo.
“É a importância do advogado esculpida ao longo dos séculos como um profissional independente, qualificado, axiológico, confidente, consultor e mediador de conflitos”, acrescentou a mesma fonte.
A Ordem, de acordo com a bastonária, não deve deixar de ocupar o seu espaço no panorama jurídico, pois, só assim poderá ser construído um edifício da justiça que serve os desígnios do estado do Direito Democrático.
“Um edifício da justiça, onde não há hierarquia entre juízes, procuradores e advogados. Um edifício onde os juízes e os procuradores não se sentam um ao lado de outro, depois de entrarem lado a lado na sala de audiência e a bancada do advogado se encontrar num patamar inferior. Porque a advocacia não é uma concessão do poder político dos demais órgãos da administração da justiça”, disse.
Em declarações à agência Lusa o director Nacional da Polícia Nacional (PN), Emanuel Moreno, esclareceu que os casos ocorridos são todos averiguados e a polícia tem tomado as medidas que se impõem quando há exageros ou maus tractos.