A informação foi avançada aos jornalistas pelo Director Nacional da Saúde, Artur Correia, a margem do acto de entrega oficial dos equipamentos consumíveis para o IDNT II.
Para Artur Correia, o IDNT II incide sobre uma série de indicadores que vão permitir uma nova largada sobre a prevenção e controlo das doenças não transmissíveis em Cabo Verde.
“Neste momento estamos a preparar esse segundo inquérito esperançosos de que teremos, brevemente, novos dados, actualizados, que nos permitem planificar com base na evidência para podermos alcançar melhores resultados”, disse.
Os inquiridores do IDNT II, de acordo com o Director Nacional da Saúde, são enfermeiros, de forma a “facilitar” a recolha de dados, assim como para dar “maior confiança” na recolha.
A mesma fonte recordou que o país está num processo de transição epidemiológica em que as doenças transmissíveis estão a passar para trás, ao passo em que as doenças não transmissíveis estão a ganhar espaço.
“É uma mudança de paradigma que implica um processo de planificação dos recursos, não só humanos mas também recursos financeiros, porque são doenças caras de tratar. Isso também é agravado com a esperança de vida dos cabo-verdianos que tem aumentado consideravelmente o que acarreta uma série dessas doenças não transmissíveis”, afirmou.
Artur Correia avançou ainda que já se sabe que há um “grande potencial” de prevenção e que o Governo vai actuar “fortemente” na prevenção mas também no diagnóstico precoce, no tratamento e no seguimento dos doentes.
Promovido pelo Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Estatísticas, com a assistência da Organização mundial da Saúde, o IDNT II consiste na recolha de dados para se conhecer a prevalência e o perfil epidemiológico dos principais factores de risco as doenças crónicas não transmissíveis como hipertensão, cancro e diabetes.
Para efeito, serão entrevistadas 7220 pessoas dos 18 aos 69 anos junto dos agregados familiares seleccionados aleatoriamente.