A ideia da marcha, conforme um dos mentores da iniciativa, Júnior Lima, surgiu devido à “sede de justiça e de esclarecimentos" sobre o caso.
“Queremos que a justiça e o esclarecimento deste caso venham ao público, para que todos fiquem esclarecidos. Estamos indignados com a forma como este caso foi tratado. Vários dias se passaram e nada de justiça”, manifestou.
Em declarações ao Expresso das Ilhas, Júnior Lima afirma que só na cidade do Porto estão confirmadas 230 pessoas, mas que se espera que mais se juntem ao protesto.
Conforme a mesma fonte, as marchas, em Portugal, decorrem em simultâneo naGuarda, Porto, Coimbra, Lisboa, Bragança, Évora e Covilhã no próximo sábado, 11, a partir das 14h (hora da cidade da Praia). Paris, Luxemburgo, Brockton, Londres e também aderiram à iniciativa.
Em Cabo Verde estão já previstas marchas nas ilhas do Maio, Fogo, Santiago (Praia) e Boa Vista.
O evento, criado na rede social Facebook, conta já com mais de 1600 adesões de pessoas que confirmam a presença na marcha.
Conforme o jornal português “Público”, para a Polícia Judiciária (PJ) portuguesa a morte de Giovani está associada a um motivo fútil e não a ódio racial. Por sua vez, Ulisses Correia e Silva, manifestou hoje, confiança na justiça portuguesa e afirmou que o caso “não belisca” as relações entre os dois países.
A 21 de Dezembro, Luís Giovani Rodrigues terá sido agredido na rua, em Bragança, por cerca de 15 jovens ao tentar colocar fim a uma discussão que começou num bar daquela cidade. Devido a suspeita de traumatismo do crânio encefálico, foi transferido para o Hospital de Santo António, no Porto, onde acabou por morrer no dia 31 de Dezembro.