Numa publicação na sua página oficial do Facebook, o SINDPROF sugere ainda que se reveja as médias dos alunos do 9º, 10 e 11º ano e que seja equacionada a sua avaliação, para que os alunos do quadro de honra não fiquem prejudicados e a medida sirva como incentivo.
“Que se crie condições aos grupos disciplinares por agrupamentos para se refazer o programa e encaixar os conteúdos do 3º trimestre deste ano lectivo no próximo ano lectivo; Que se faça um calendário para o próximo ano lectivo 2020/2021 diminuindo o número de dias de férias para ajudar na ministração os que ficaram por leccionar”, propõe o SINDPROF.
O sindicato sugere ainda que o ano lectivo 2020/2021 tenha início mais cedo, bem como a criação de uma equipa multidisciplinar nacional, que funcione através do teletrabalho, para analisar as propostas apresentadas no que tange aos objectivos programáticos para o ano lectivo 2020/2021 (enquadrando os conteúdos que ficaram por leccionar).
Para o SINDPROF pensar num ensino a distância seria louvável se o país tivesse condições para arcar com todas as despesas que esse tipo de ensino acarreta, mas, no seu entender não estão reunidas essas condições. No mesmo sentido, a nota aponta que as redes de internet a nível nacional ainda “são fracas” e essa iniciativa poderia “criar um blackout”.
Mais ainda, questiona:“Será que a tutela conseguirá suprir as necessidades materiais de todos os professores e alunos a nível nacional mesmo que alguns já estejam minimamente apetrechados? A resposta é única, clara e inequivocada: NÃO!!!!!!!!! Será que as aulas televisivas seriam suficientes para a divulgação dos conteúdos que chegariam a todos os pontos nevrálgicos do país? - também a resposta é não!”, lê-se.
As férias escolares que deviam começar no dia 27 de Março foram antecipadas para o dia 23, como medida de prevenção ao novo coronavírus. Pelo calendário escolar 2019/2020, estabelecido no início do ano, os alunos regressariam hoje às aulas. Contudo, Cabo Verde encontra-se em Estado de Emergência que se prolonga, pelo menos, até dia 17 deste mês e não foi ainda adiantada qualquer previsão de abertura das escolas.
A ministra de Educação Maritza Rosabal tinha referido à imprensa, após o Primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, anunciar um pacote de medidas dirigidas ao sector informal da economia e às famílias, que o governo está à reconfiguração deste ano lectivo e “provavelmente” do ano lectivo próximo.
Na altura a governante afirmou que há vários cenários em pauta. Um dos cenários aponta para o retorno às aulas no fim das medidas restritivas e um outro cenário que sugere o fim do ano lectivo e o início de um novo ano lectivo mais cedo.
Os cenários em pauta, continuou, têm um “especial cuidado” no resultado da avaliação dos alunos, especialmente dos alunos do 12º ano de escolaridade que se candidatam a 31 de Maio ao sistema de vagas e bolsas.