Em declarações à Rádio Morabeza, a presidente Sindprof diz que, na quarta-feira, o sindicato manteve um encontro com a Directora Nacional de Educação, onde foram apresentadas as linhas mestras do início do ano lectivo, nomeadamente a limitação das turmas (a ideia é de 22 alunos por turma), o tempo lectivo e o número de aulas.
Entretanto, Lígia Herbert manifesta-se preocupada com as estruturas das salas de aulas, condições sanitárias e números.
"Será que as salas de aulas estão preparadas, têm arejamento? Temos número de pessoal de limpeza suficiente? Há condições sanitárias? Porque não é só lavar as mãos, não é só desinfectar, é preciso trabalhar a consciencialização, é preciso trazer os pais para as escolas, é preciso uma data de acções que sejam benéficas para um ano lectivo atípico. Então, estamos preocupados porque pensamos que 22 alunos são demais, é preciso diminuir o número", explica.
Lígia Herbert defende também que é preciso chamar os professores que estão na listas e que não foram chamados no ano passado, relembrando que o concurso ainda não está expirado.
"E preciso fazer concurso porque precisamos de professores caso venha a haver algum problema. Estamos preocupados com todos esses itens, por isso pedimos muita ponderação, muita calma, porque mais vale que a gente comece mais tarde, mas que tenha tudo preparado e haja uma contenção do vírus na escola. Acima de tudo estamos a apelar que se faça testes aos nossos alunos e aos professores antes do início do ano lectivo", avança.
A presidente do Sindicato Democrático dos Professores diz ainda que o tempo de 25 minutos por aula não é suficiente e não permitirá alcançar os objectivos programados.
No início desta semana, também o Sindicato dos Professores da ilha de Santiago (SIPROFIS) sugeriu ao Ministério da Educação, entre outros aspectos, que seja feita a realização de testes de rasteio à COVID 19, a todos os professores, alunos e funcionários das escolas, agrupamentos e delegações escolares a nível nacional antes do início das aulas, de modo a evitar o alastramento da pandemia na comunidade educativa.