Conforme Luís Rodrigues, a universidade está a tomar medidas que tentam salvaguardar todas as possibilidades. Por isso, prossegue, estão a reforçar os contactos com os alunos através de tarefas, actividades, distribuição de bibliografias, para complementar aquilo que seja a retoma das aulas presenciais.
“Nesta fase vai ser apenas isso porque estamos também a tentar medir a receptividade dos nossos alunos, a sua capacidade de resposta tecnológica e também de acesso à Internet. Porque, de resto nós, temos todas as plataformas criadas, temos sistemas de vídeo conferências que adquirimos. Da parte da instituição, do ponto de vista tecnológico, nós estamos despachados e é uma aposta que temos estado a tentar continuar”, esclareceu.
Isto porque, conforme considerou, o ensino a distância não se faz de um dia para outro e há certas práticas que “têm de ser mudadas”.
Para o director de Serviços Académicos da US as aulas à distância representam um desafio “muito grande”. Luís Rodrigues julga ainda ser importante pensar nos alunos bolseiros.
“Eu acho que era importante também pensar que nós temos alunos que são bolseiros, provavelmente não terão acesso a Internet, seria importante nós pensarmos em parcerias alargadas para que esse subsistema de ensino possa dar respostas e possa dar garantias de qualidades habituais”, reflectiu.
Luís Rodrigues frisou ainda que o início das aulas está dependente das decisões governamentais, mas, acredita que assim que o estado de emergência seja levantado, no máximo em uma semana, seja possível retomar as aulas naturalmente.
Nesta terça-feira, a ministra da Educação, Maritza Rosabal, garantiu que o governo está a avaliar todos os cenários possíveis para conclusão deste ano lectivo. Em cima da mesa está o arranque da transmissão de programas de ensino-aprendizagem através da rádio e televisão, a partir da próxima semana, com conteúdos do 1º ao 12º ano.
A tutela da pasta da educação indica, porém, que em cima da mesa está a probabilidade da retoma das aulas em Maio.