O anúncio dos prémios foi feito hoje pelo presidente da Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC), que também é presidente do júri do concurso.
Segundo Carlos Santos, participaram do concurso 26 jornalistas e duas empresas, representando um total de 40 trabalhos, entre reportagens, entrevistas e outros géneros constantes do regulamento do prémio dos quais 11 são da categoria Rádio, 14 da Televisão e 15 da Imprensa entre as quais jornais impresso, ‘online’ e agência de notícias, superando a participação registada em 2019.
Na categoria Imprensa, o prémio foi destinado à grande reportagem intitulado “Negócio de alto risco para Cabo Verde” de Daniel Almeida, do jornal A Nação, publicada na edição nº 616 de 20 de Junho de 2019.
“Na apreciação do trabalho o júri destacou a pertinência e actualidade do tema que ainda hoje figura no topo das preocupações dos cidadãos cabo-verdianos”, disse Carlos Santos, explicando que reportagem representa a problemática das ‘evacuações’ dos doentes, sobretudo das chamadas ilhas periféricas para cidade da Praia ou Mindelo, onde existem hospitais centrais.
Ainda a nível da imprensa escrita, o júri do PNJ decidiu atribuir uma menção honrosa à jornalista Gisela Coelho, também do jornal A Nação, que concorreu com o trabalho intitulado “Agrotóxicos: Cabo Verde sem controlo permanente de resíduos pesticidas” e uma palavra de reconhecimento pelo esforço e dedicação demonstrados pela jovem jornalista Sheila Ribeiro, do jornal Expresso das Ilhas.
“O júri apreciou, com satisfação, o trabalho de reportagem 'Relacionamento com tios' submetido a concurso e estimula a jornalista a aprimorar e aprofundar a abordagem desses tipos de assuntos de cariz social”, disse Carlos Santos.
Na Televisão, a distinção foi para a reportagem “Homens do mar em busca da sobrevivência”, da jornalista Cassandra Silva, da Record TV Cabo Verde.
O júri considerou que a reportagem descreve o espectáculo e perigo da pesca nos mares do arquipélago e, de forma particular, no “canal das tormentas de Alcatraz entre Fogo e Brava”.
“Trata-se de uma matéria original que combina as formas jornalísticas de entrevista, testemunho e depoimento de vários actores do mar. O trabalho é de facto interessante, dinâmico e corajoso e sensibiliza o público para a faina do mar, trazendo os riscos que os pescadores correm como forma de sobrevivência e também pelo grande amor que têm pelo mar”, descreveu Carlos Santos.
Ainda na categoria Televisão, o júri decidiu distinguir com menção honrosa os trabalhos “Para além da folia”, da jornalista da TCV Filomena Alves, e “Abuso Sexual Infantil”, de Soraia de Deus, da ACI.
Na categoria Rádio, com 11 trabalhos submetidos a concurso, Carlos Santos explicou que não obstante considerar expressiva a participação dos jornalistas, o júri não conseguiu encontrar no conjunto dos trabalhos nenhum que se tivesse destacado na qualidade técnica pela relevância, originalidade, criatividade e profundidade.
Para além de Carlos Santos, que preside, o júri do PNJ integra os jornalistas Marilene Pereira e João Almeida, o professor universitário Silvino Lopes Évora e o sociólogo Nardi Sousa.
O prémio monetário de 500 mil escudos, a cada vencedor, é financiado pelo Governo.