Jorge Barreto que falava durante a conferência diária de COVID-19, disse que as clínicas dentárias deverão ter medidas de precaução que provavelmente serão adoptadas por outras especialidades.
“Claramente que os dentistas, pela actividade que têm, estão mais expostos e claramente que haverá orientações técnicas a serem dadas, mas considerando que essas clínicas também têm profissionais de saúde que entendem da área saberão que outras medidas que poderão adoptar no sentido de minimizar o risco de propagação, de contágio na actividade que fazem”, manifestou.
No que diz respeito ao fim do estado de emergência, Joel Barreto considera que é preciso fazer uma análise dos comportamentos da população da Praia durante o período em que o mesmo vigorou. Facto que, avaliou, poderá ser um dos factores que contribui para a situação da capital.
“Dependendo da decisão do Presidente da República hoje, eu não sei qual será o impacto que isso terá na evolução da epidemia. Uma vez que já há transmissão sustentada a nível da comunidade, nós passamos agora a adoptar medidas de mitigação”, ponderou.
Jorge Barreto lembrou ainda que se não houver a prorrogação do estado de emergência, as pessoas devem estar cientes de que a vida não será igual ao que era antes.
Segundo aquele responsável, há neste momento sete casos suspeitos, sendo três na Praia, um em Santa Catarina de Santiago, um em São Nicolau, um em Santa Cruz e um em São Domingos. Há um total de 390 pessoas em quarentena, sendo a maioria na cidade da Praia, 249.
Com os casos positivos de hoje, evidenciou aquele responsável, eleva-se para 224 o número de pessoas internadas, 216 das quais na Praia, incluindo um dos casos de São Domingos. A ilha da Boa Vista continua com seis pessoas internadas e o Tarrafal de Santiago duas pessoas.
“Em relação ao total de pessoas que tiveram alta, hoje tivemos a informação de que mais seis pessoas tinham condições para voltarem para as suas casas com resultados negativos. Estavam no isolamento da Escola de Hotelaria e Turismo”, informou.
Durante a conferência, o Director do Serviço de Controlo e Prevenção de Doenças aproveitou ainda para esclarecer que depois de uma revisão dos registos, constatou-se que havia três novos casos que não tinham sido contabilizados. Por isso, justificou, depois do aparecimento dos 19 novos casos, o país passou a somar um total de 289 casos de COVID-19 (e não 286).
Cabo Verde regista, pois, até ao momento 289 casos confirmados, 230 na ilha de Santiago (226 na Praia, dois em Tarrafal e dois em São Domingos), 56 na Boa Vista e três em São Vicente. Dos 289, há, até este momento, 61 recuperados e dois óbitos.
Assim, os casos da Praia passam a representar 78% do total de casos já notificados e na Boa Vista, passa a representar 19,3%. As taxas de letalidade global mantêm-se por enquanto 0,7%, e a taxa de letalidade em pessoas com mais de 60 anos de idade 8,3%.