A informação foi confirmada hoje, pelo presidente da Associação dos Guardas Prisionais, Bernardino Semedo ao Primeiro Jornal da RCV.
Segundo informações dos agentes prisionais, as autoridades sanitárias estiveram esta quarta-feira, no estabelecimento prisional para a realização de testes rápidos como medida preventiva. Os testes rápidos deram positivo a sete trabalhadores da cadeia, sendo quatro agentes prisionais e três funcionários (administrativos e de limpeza).
Sobre a origem da possível contaminação, Bernardino Semedo disse que os agentes podem ter sido contaminados no hospital.
A questão dos meios e das condições para a realização de trabalho é uma das grandes preocupações da Associação, o líder disse que lhes foi dado uma máscara para cada 15 dias, mas que as máscaras são confeccionadas pelos reclusos sem respeitar as especificações técnicas.
“O nosso interesse é defender a vida dos agentes e da instituição, somos preocupado com a instituição e com as pessoas que estão lá dentro, inclusive reclusos e agentes. Se veio a confirmação que essas pessoas estão com o vírus como é que ficam as suas família?”, questiona.
O presidente da Associação dos Guardas Prisionais sublinha que está preocupado com a possibilidade de aparecimento de mais casos.
Bernardino Semedo afirma que para evitar esta situação tinha apresentado a direcção da cadeia um plano para que os guardas trabalhassem por turnos, para evitar um possível contagio em massa, mas a proposta foi rejeitada.
A Cadeia de São Martinho acolhe neste momento mais de mil presos, e com cerca de 100 guardas prisionais.