Jardins infantis privados pedem apoio do Governo para fazerem face à crise financeira

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,2 jun 2020 17:25

Responsáveis de alguns jardins privados da capital solicitaram hoje o apoio do Governo para fazerem face à crise financeira causada pela COVID-19 e evitar assim o encerramento dos jardins devido à falta de recursos.

Em entrevista à Inforpress, os profissionais de jardins infantis de alguns bairros da Cidade da Praia manifestaram-se preocupados com a situação actual dos espaços que gerem e que por causa da pandemia do novo coronavírus foram obrigados a interromper o seu funcionamento.

Maria de Lurdes Pires, gestora do jardim ‘Tia Gabi nascer para crescer’, do bairro da Várzea, disse que a situação “é complicada” porque o seu jardim era o único sustento até à altura da confirmação de casos positivos da COVID-19 em Cabo Verde.

“Não temos nenhum outro rendimento que ajude no pagamento das mensalidades das monitoras, que garanta o sustento da família e, neste momento, mesmo que queiramos pedir apoio às instituições privadas, muitas alegam a crise ou mesmo falência causada pela pandemia do novo coronavírus, por isso precisamos de uma mão amiga do Governo para fazermos face a essa situação”, declarou.

Segundo esta responsável, todos estão conscientes do contexto actual da COVID-19, mas realçou que fechar as portas até o mês de Setembro será “muito difícil”, porque os funcionários que dependem desse trabalho irão para o desemprego.

“Desta forma muitos responsáveis não conseguirão reabrir as portas em Setembro devido à falta de condições financeiras. Nós contribuímos para a taxa de emprego no país e neste momento com esta pandemia, esperamos receber algum apoio, porque essa situação não estava prevista”, frisou.

Por seu turno, o responsável do jardim Tia Zeza, Rony Costa, do bairro da Achada Grande Frente, lamentou a situação que muitos jardins privados estão a passar neste momento devido à pandemia do novo coronavírus, salientando que alguns até já fecharam as portas.

“Estamos cientes de que temos que encontrar alternativas para fazer face à crise causada pela COVID-19, mas o cenário está complicado e o futuro dos jardins privados está incerto porque maioria, senão todos, dependem disso para sobreviver”, asseverou.

Por sua vez, a responsável do jardim ‘Amor do Povo’, do bairro de Ponta d´Água, disse que, caso a situação não melhore, a única solução é continuar de portas fechadas até o mês de Setembro conforme as orientações das autoridades.

“Estamos completamente de acordo com a data, não temos nenhuma condição e teremos que permanecer de portas fechadas, mas perguntamos como é que vamos sobreviver até lá, porque temos funcionários, arrendamento,...  por isso queremos ver o que é que o Governo, através do Ministério da Educação, poderá fazer por nós”, disse Ana Lina Soares.

Cabo Verde registou hoje mais uma morte por COVID-19 elevando para cinco o número de óbitos. Trata de uma mulher de 62 anos, da Achada Santo António, que se encontrava em estado grave e que faleceu no Hospital Agostinho Neto, na Cidade da Praia.

Um turista inglês de 62 anos que foi também o primeiro caso de COVID-19 diagnosticado no país, mais precisamente na ilha da Boa Vista, foi também a primeira morte registada. Seguiram-se mais três casos na Praia: uma mulher de 92 anos, um homem de 65 anos e uma mulher de 55 anos, todos igualmente com outros problemas de saúde associados.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,2 jun 2020 17:25

Editado porSara Almeida  em  15 mar 2021 23:20

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