Barracas de comida no Sucupira reabriram hoje

PorSheilla Ribeiro,5 out 2020 12:15

Depois de 6 meses fechadas, as barracas de comida do mercado de Sucupira, na capital, reabriram hoje. Agora, cada espaço deve ter duas mesas, com o máximo de duas pessoas. Ao contrário do que costumava ser, o movimento está fraco o que gera preocupação às comerciantes.

“Já disseram dois em cada mesa, mas não queremos isso. Temos os nossos compromissos, a nossa casa, os nossos funcionários que trabalham connosco há anos e não dá para demiti-los para ficar com menos pessoal. Temos que trabalhar todos os dias assim como aqueles que vendem no interior do Sucupira”, defende Tita, proprietária de uma das barracas.

Em declarações ao Expresso das Ilhas, esta comerciante afirma que antes tinha quatro mesas sem um limite de número de pessoas e que “não dá” para trabalhar com apenas duas mesas com o máximo de dois ocupantes.

No primeiro dia de reabertura, até o momento da entrevista, Tita diz que não há movimento, como havia habitualmente. Agora, explica, muitos preferem trazer a própria comida de casa e por este motivo admite que vai abrir o espaço todos os dias.

“Não concordo em trabalhar dia sim, dia não porque somos poucos e existe uma distância entre as barracas. Vamos fazer o asseio e seguir todas as regras sanitárias, mas vou vir todos os dias para ganhar nem que seja pouco”, admite.

Segundo esta entrevistada, durante 6 meses não recebeu nenhuma ajuda por parte das autoridades e depois desse tempo todo fechada, considera “injustas” as limitações.

Manuela, também proprietária de uma barraca de comida no Sucupira, narra que teve de se sustentar com a poupança de muitos anos, uma vez que não recebeu nenhuma ajuda.

Agora, com a reabertura do espaço confessa que está preocupada porque o movimento “está fraco”. Conforme declara, muitos “já não confiam em comer na rua”. Ainda assim, espera que tudo volte a ser o que era.

“Eu tinha quatro funcionários e agora tenho apenas dois. E temos de seguir todas as regras, temos de receber poucas pessoas nas mesas, apenas dois em cada mesa, temos de usar máscaras e luvas, temos de ter água para lavar as mãos, até tudo normalizar. Retomar o trabalho é uma enorme preocupação”, aponta.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,5 out 2020 12:15

Editado porSara Almeida  em  6 out 2020 7:47

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