A decisão está prevista ao abrigo do concurso público internacional para apresentação de uma proposta de projecto de adequação de patrimónios do INIDA "para fins turísticos", com abertura de propostas agendada para 23 de Março.
Em causa estão edifícios, como um hotel, um hostel, dois complexos habitacionais, uma pousada, entre outros equipamentos de lazer, propriedade do INIDA e que a instituição pretende concessionar à exploração turística, mas que necessitam de "obras de requalificação".
As propostas candidatas, para as obras de requalificação e concessão dos equipamentos, podem ser entregues até 22 de Março por investidores cabo-verdianos e estrangeiros.
Este concurso público internacional em São Lourenço dos Órgãos, município com cerca de 10.000 habitantes, surge numa altura em que Cabo Verde prevê investir cerca de 8,2 milhões de euros num programa de valorização turística e ambiental das aldeias rurais, com a duração de cinco anos, para diversificar a oferta turística, além do habitual "sol e praia".
A criação deste programa foi aprovada por resolução do Conselho de Ministros de 25 de Janeiro, em que o Governo admite que a pandemia de covid-19 provocou "praticamente a paralisação do turismo" em 2020 no arquipélago, condicionando a estratégia nacional, que apontava a meta de um milhão de turistas anuais.
O turismo garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB), com um recorde de quase 820.000 turistas em 2019.