Em declarações, esta sexta feira, à Rádio Morabeza, Aníbal Borges, em representação da plataforma sindical, afirma que a maioria dos sindicatos filiados na UNTC-CS não foram tidos em conta durante o processo.
“De modo que [nos] revemos nas reivindicações, o problema é apenas a forma como foi anunciado. Repare que em São Vicente foi anunciado por um senhor que não pertence a nenhum dos sindicatos e falou em nome dos trabalhadores da ilha. Os sindicatos filiados na UNTC-CS, em São Vicente, assim como os restantes, não participaram em nenhuma acção ou reunião para tomada desta decisão”, afirma.
O sindicalista recorda que, de acordo com os termos dos Estatutos da UNTC-CS, a organização deste tipo de protesto cabe ao Conselho Nacional ou à maioria dos sindicatos filiados o que, segundo diz, “não aconteceu”.
A Plataforma Sindical considera, contudo, que os trabalhadores são livres para decidirem participar ou não na manifestação e apela ao cumprimento das medidas preventivas, de acordo com o actual contexto pandémico.
“De todo o modo, como dissemos, não somos contra e nem vamos exercer qualquer influência para impedir os trabalhadores de participarem. São livres, podem participar. Apenas aconselhamos os associados a tomarem as devidas precauções, tendo em conta a actual conjuntura”.
Recorde-se que o anúncio da manifestação, agendada para este sábado, foi feito no dia 15 de Fevereiro, pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública de Santiago.
A concentração dos trabalhadores, em São Vicente acontece sábado, às 10:00 horas, na Praça Dom Luís. Em Santiago, será na rotunda do Centro Social 1º de Maio, na Fazenda.