Em entrevista à Inforpress, a directora da Escola Alternativa, Helida Freire, disse que com o início da pandemia, muitos alunos desistiram de ir às aulas por falta de condições financeiras para arcar com os custos das propinas.
Segundo apontou, a falta de condições está associada à perda de emprego dos pais ou dos próprios alunos, que mantinham os estudos com os salários que recebiam.
Entretanto a covid-19 provocou o encerramento de várias estruturas empresariais, ou a redução de funcionários, condicionando a receita que tinham para pagar as respectivas propinas.
Nesta linha, apelou a que se dêem mais apoios aos alunos que frequentam as escolas privadas, pois a situação é “preocupante”.
“Nós apoiamos os alunos, mas a situação é complicada, iniciaram o ano lectivo mas a meio percurso desistiram por falta de condições”, disse.
A directora da Escola Abrolhos apontou a mesma situação, indicando que mais de metade dos alunos já desistiram das aulas, o que tem complicado também o próprio funcionamento da instituição.
De acordo com o seu relato, há alunos que desde o início do ano lectivo não conseguiram pagar um único mês de propinas.
“Nós sensibilizamos, analisamos cada caso conforme a situação, mas torna-se complicado fazer uma gestão onde dependemos desses recursos e não os temos disponíveis”.
Ainda assim, apelaram aos alunos a não desistirem, mesmo com a situação complexa, pois, sustentam, o estudo é investimento que irão colher no futuro.