Em São Vicente, Heidy Ganeto, em representação do SIACSA, fala em falta de vontade das empresas no cumprimento de direitos dos trabalhadores e dos acordos assinados.
“Temos empresas que nunca cumpriram com a mudança de categoria profissional com os seus vigilantes. Temos empresas com 30 anos de mercado, com vigilantes a trabalharem nessas empresas há 28 anos e que nunca tiveram uma mudança na carreira profissional”, afirma.
Em nota conjunta, governo, Associação Nacional das Empresas de Segurança Privada (ANESP), Sindicato da Indústria, Serviços, Comércio, Agricultura e Pesca (SISCAP) e Sindicato da Indústria, Agricultura e Pesca (SIAP) pediram, esta quarta-feira, a compreensão e colaboração de todos os vigilantes de segurança privada para que o processo de implementação salarial possa decorrer num clima de serenidade e diálogo.
O documento refere que, nas duas próximas semanas, o governo vai reforçar as orientações aos serviços e empresas públicas, enquanto que a ANESP fará o mesmo junto das empresas do sector.
O SIACSA fala num anúncio para condicionar a manifestação.
“Não confiamos nele [no comunicado] e veio tarde. Deveria ser dado há uma semana. Vieram condicionar a nossa manifestação, estamos com pouca adesão aqui e a informação que tenho é que nas ilhas está a acontecer o mesmo. Não vamos acreditar novamente na conversa do governo daqui a duas semanas. Não descartamos a greve aqui em São Vicente, nas empresas SILMAC e SEPRICAV, se não cumprirem com a mudança nas categorias profissionais”, comenta.
A nova grelha salarial deveria entrar em vigor em Maio de 2021. Com a sua implementação prática, nenhum trabalhador, desde a sua entrada na empresa, deverá ganhar um salário inferior a 17 mil escudos.