A responsável adiantou que pelos dados recebidos, na semana passada, já pode ser considerado um surto, pelo que no momento a instituição está a trabalhar no processo de divulgação sobre as melhores formas de prevenção.
“Depois de ser considerado um surto vamos agora trabalhar na questão de comunicação, para informar às pessoas o que fazer para não haver mais infecções, ou seja, são um conjunto de medidas preventivas que estamos a preparar para partilhar com a população”, precisou.
Esse surto de conjuntivite, conforme explicou a presidente do INSP, por ser de etiologia viral, é, por isso, altamente contagioso e com alto poder de disseminação.
No entanto, o director do Serviço de Vigilância Epidemiológica, Domingos Teixeira, esclarece que laboratorialmente não há ainda como provar se este surto de conjuntivite é de origem viral ou bacteriana.
Para isso, avançou que estão feitas recolhas de amostras que serão levadas para o exterior, de modo a definir a etiologia desta infecção, que conforme atestou, também tem aumentado em outros concelhos da ilha de Santiago.
“Tem acontecido em vários concelhos e na Cidade Praia tem havido mais casos”, informou Domingos Teixeira, lembrando que o surto de conjuntivite normalmente acontece em períodos mais quentes.
“Em termos de números não temos nada para avançar porque não é uma doença de notificação obrigatória, mas confirmamos que houve um aumento considerável comparado com as situações normais “, acrescentou o director do Serviço de Serviço de Vigilância Epidemiológica.
A conjuntivite é uma doença que agride a parte mais superficial do olho, a conjuntiva. A inflamação pode ocorrer por vírus, bactéria ou mesmo em decorrência de alguma alergia.
Os surtos de conjuntivite acontecem por a doença ser causada por um vírus com alto poder de disseminação e contaminação das pessoas.
Os principais sintomas são intenso desconforto, sensação de areia nos olhos, secreção, vermelhidão, lacrimejamento, fotofobia, inchaço nas pálpebras e a coceira característica. Casos mais severos podem ter hemorragias conjuntivais e dor mais intensa.
Em geral, a conjuntivite pode durar cerca de uma semana, mas esse tempo pode variar de acordo com a inflamação causada nos olhos.
A melhor forma de prevenção para a conjuntivite é lavar as mãos, principalmente, após frequentar locais públicos com alto fluxo de pessoas, como autocarro e escolas.