Adiado em 2020, devido à pandemia de covid-19, o Campus regressa agora, mesmo que com menos participantes em relação a 2018, ano em que juntou mais de uma centena de jovens universitários africanos.
Conforme um dos organizadores, José S. Gómez Soliño, ao falar na cerimónia de abertura, no Teatro Leal, em San Cristóbal de La Laguna, “um dos objectivos do Campus África é estimular a investigação científica, despertar vocações científicas”.
Das anteriores edições resultaram oportunidades de mestrado e doutoramento para vários estudantes. A organização sublinha a importância do conhecimento para o desenvolvimento económico, social e humano.
“A aprendizagem é o conceito chave que movimenta todos no Campus África”, reforçou Soliño.
O Campus abre portas na área da cooperação científica e tem permitido estreitar laços com as universidades cabo-verdianas, em particular com a Universidade de Cabo Verde. Para a ULL tem sido, também, uma das vias escolhidas para a sua internacionalização. É o caminho lógico, no entender da reitora, Rosa Aguilar Chinea.
“Vivemos na época da cooperação internacional. Temos que trabalhar para nos conhecermos mais e melhor”, defendeu no Teatro Leal.
A sessão de abertura contou com uma palestra sobre a actual emergência climática, proferida por José Valbuena Alonso, responsável do governo das Canárias pela transição energética. Depois de colocar o ambiente como prioridade do desenvolvimento sustentável - dele dependendo as pessoas e a economia - Alonso apresentou as linhas gerais da ação climática regional, que tem como principal objectivo atingir a neutralidade carbónica já em 2040.
O Campus África 2021 decorre até 4 de Dezembro, subordinado ao tema “desafios climáticos e pandémicos num contexto de crise global”. Ao longo das três semanas, os bolseiros frequentarão conferências e terão oportunidade de aprimorar conhecimentos nos laboratórios da ULL. A primeira edição do evento científico remonta a 2014. Seguiram-se as edições de 2016 e 2018.
O Expresso das Ilhas está em Tenerife a convite do Campus África