O Ministério da Saúde informou, em nota de imprensa, que Cabo Verde começa a receber 64.350 doses da vacina da Pfizer como uma primeira remessa das 200.070 doses doadas pelos Estados Unidos da América, através do mecanismo Covax, iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) para garantir uma vacinação equitativa contra o novo coronavírus.
Segundo as autoridades cabo-verdianas, a chegada das vacinas ao país está organizada em três remessas separadas e em lotes aproximadamente iguais, com chegada prevista até 12 de Dezembro próximo, sempre em voos da TAP.
A segunda remessa de 70.200 doses vai chegar em 10 de Dezembro e a terceira e última de 65.520 será em 12 do mesmo mês.
“Cabo Verde vai utilizar esta vacina para vacinar a população adolescente, ou seja, com idade compreendida entre os 12 e os 17 anos, permitindo assim ao país aumentar a sua franja da população contemplada com a vacinação contra a covid-19”, adiantou o Ministério da Saúde.
Na semana passada, o director nacional de Saúde, Jorge Barreto, disse à Lusa que assim que essas vacinas chegarem, o país vai começar a vacinar os menores, esperando que isso aconteça ainda antes do período das férias do Natal.
Essa será a segunda doação de vacinas dos Estados Unidos a Cabo Verde, depois de 100 mil doses da Moderna recebidas em 03 de Outubro, também no âmbito da Covax.
Cabo Verde já atingiu uma taxa de 83,3% da sua população maior de 18 anos com uma dose de vacina, enquanto 68,7% de pessoas já receberam as duas doses.
O país recebeu há uma semana mais 30 mil doses de vacinas da Astrazeneca doadas por Portugal, a terceira doação feita por aquele país europeu, elevando para 745.150 doses recebidas até agora de vários países e parceiros internacionais.
Desde o início da pandemia, Cabo Verde registou um total acumulado de 38.453 casos de infecção pelo novo coronavírus, dos quais 37.980 foram dados como recuperados, 351 resultaram em óbito e há 97 casos activos.
A covid-19 provocou pelo menos 5.253.726 mortes em todo o mundo, entre mais de 265,13 milhões infecções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e actualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detectada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de Novembro, foram notificadas infecções em cerca de 30 países de todos os continentes.