Segundo aquela responsável, neste momento, a Cabo Verde Airlines já está certificada pela Agência de Aviação Civil (AAC), pelo que está autorizada a retomar os voos.
Reconheceu que a recuperação do certificado de operador aéreo foi fruto de um “árduo trabalho” encetado pelos técnicos da TACV e da AAC.
Em entrevista à Rádio de Cabo Verde (RCV), Sara Pires garantiu que, inicialmente, a TACV vai operar com um aparelho em regime de wet leasing, o que significa que o proprietário do avião garante a tripulação, assim como o seguro do equipamento.
Entretanto, prevê, provavelmente, em Março, que a TACV operará com um aparelho em que toda a tripulação é cabo-verdiana.
Admitiu, por outro lado, que a TACV possa vir a optar por um outro aparelho da Boeing, tendo em conta, justificou que o B-757-200 já está “obsoleto”, em termos dos custos operacionais.
“Estamos a trabalhar para que os cabo-verdianos possam ter uma prenda ainda neste mês de Dezembro”, prometeu Sara Pires sem precisar se esta prenda será antes do Natal.
Os voos, segundo Sara Pires, vão ser retomados a partir da Cidade da Praia e, gradualmente, serão alargados para outros destinos.
Em Março de 2019, o Estado de Cabo Verde vendeu 51% da TACV por 1,3 milhões de euros à Lofleidir Cabo Verde, empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF (grupo Icelandair, que ficou com 36% da CVA) e em 30% por empresários islandeses com experiência no sector da aviação (que assumiram os restantes 15% da quota de 51% privatizada).
Entretanto, no início do mês de Julho deste ano a TACV adquiriu o nome comercial de Cabo Verde Airlines (CVA), voltou ao controlo do Estado por decisão do governo e em meados de Agosto a assembleia-geral elegeu o novo conselho de administração, liderado por Sara Pires.