A iniciativa foi apresentada, esta sexta-feira, pela porta-voz do grupo, Conceição Pinto, no acto central de comemoração do Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, que decorreu em São Vicente. O objectivo é auxiliar o Ministério de Saúde a garantir um serviço mais equitativo.
“Tendo em conta as várias limitações que temos no nosso país, em termos de recursos financeiros, e agora agravadas pela situação sanitária, como representantes da sociedade civil, tomámos esta decisão. Vamos desafiar os cabo-verdianos residentes e na diáspora, bem como os amigos de Cabo Verde, para nos ajudarem a adquirir esses equipamentos. Serão móveis, podendo ser deslocados para utilização em várias partes do país”, explica.
A mamografia, segundo os especialistas, é o exame que apresenta o melhor custo/benefício para a detecção do cancro de mama, pois quando realizada anualmente por mulheres acima de 40 anos contribui para a redução da mortalidade causada pela doença.
Conceição Pinto entende que a aquisição dos equipamentos “será de extrema importância”.
“Depois, temos um outro problema, e já não tem a ver com a parte financeira, mas técnica. Vamos precisar de especialistas para fazerem a leitura das mamografias, porque temos alguma limitação aqui no país. Teremos necessidade de mobilizar parceiros para nos ajudarem, tendo em conta que são mamógrafos digitais, as imagens poderão ser enviadas e lidas em qualquer parte do mundo”, expõe.
Conforme os mentores do projecto, criado a partir de uma parceria entre a Associação Cabo-verdiana de Luta Contra o Cancro, a Liga Cabo-verdiana Contra o Cancro e a Unidos na Luta Contra Cancro, a perspectiva é que “pelo menos um dos equipamentos seja entregue em Fevereiro do próximo ano”.
Os aparelhos deverão ser colocados no Hospital Baptista de Sousa, em São Vicente, e no Hospital Universitário Agostinho Neto, em Santiago.