Os vencedores do Prémio Nacional de Jornalismo foram anunciados hoje, na Cidade da Praia, em conferência de imprensa pelo presidente da Associação dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC), Geremias Furtado, que aproveitou o momento para parabenizar todos os trabalhos.
O jornalista Benvindo Neves, da Rádio de Cabo Verde, venceu na categoria rádio, com o trabalho “Castigados Fora do Jogo”.
Na categoria Televisão, o prémio coube à jornalista Aidê Carvalho da Televisão de Cabo Verde, com a reportagem “Um Outro Olhar”, enquanto na categoria imprensa o vencedor foi o jornalista Daniel Almeida, do Jornal A Nação, pela reportagem “Contrato Secreto com os Islandeses”.
Segundo o presidente da AJOC, Geremias Furtado, a reportagem do jornalista Benvindo Neves debruça-se sobre uma questão abrangente à qual pouca gente esteve atenta: o impacto da COVID-19 na vida dos jogadores.
Sublinhou ainda, o facto da reportagem radiofónica ser um género importante, mas pouco valorizado em Cabo Verde.
Na categoria Televisão, o júri considerou que com o trabalho intitulado “Um Outro Olhar”, a jornalista Aidê Carvalho se destacou-se pela abordagem positiva e humanista do tema da deficiência visual, completada pela carga informativa relevante.
Segundo o presidente da AJOC, o júri do premio nacional de jornalismo, 2021, decidiu ainda atribuir uma menção honrosa na categoria de imprensa a jornalista Gisela Coelho do Jornal A Nação pela reportagem “Resgate dos 100 anos da História de Foto Melo”.
“O Júri aprecia a forma leve e bem estruturada da abordagem de um elemento da história de Cabo Verde, em risco de desaparecimento, pouco conhecido da maioria da população cabo-verdiana”, acrescentou.
Também foram destacadas com menções honrosas, na categoria rádio, a jornalista Ariana Vaz da Rádio de Cabo Verde, com o Trabalho “Saxofone - Totinho” e na categoria televisão, a Menção Honrosa foi atribuída à jornalista Filomena Alves Lima da Televisão de Cabo verde com a reportagem “As Dores da Folia”.
“O Júri apreciou a sensibilidade da jornalista Filomena Alves Lima, por todo o processo da realização do carnaval numa cidade onde este evento constitui-se como o maior produto cultural”, frisou.
Geremias Furtado informou ainda que como forma de reconhecimento, o trabalho das jornalistas Syoni Barbosa, Cleunice Baessa e Catarina de Pina (TIVER), foram destacados pelo júri pelo ciclo de reportagens sobre problemas sociais.
Para a escolha destes vencedores, o júri, constituído por Geremias Furtado, João Almeida, Marilene Pereira, Nardi Sousa e Wlodzimierz J. Szymaniak teve em conta os critérios da qualidade técnica, relevância, originalidade, criatividade e profundidade, adaptação da narrativa ao meio escolhido, pertinência e actualidade do tema/assunto, potenciais impactos/repercussões no comportamento individual e na mobilização social.
Ao todo 23 trabalhos concorreram, sendo nove na categoria televisão, três da rádio e onze na categoria imprensa.
Geremias Furtado avançou ainda que a Gala Liberdade de Imprensa será realizada no dia 03 de Maio, Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, na Assembleia Nacional, uma oportunidade para reconhecer jornalistas com mais de 30 anos de profissão, pelo percurso e pelo contributo que deram em prol do jornalismo Cabo-verdiano.
“Vão ser ainda reconhecidos alguns profissionais que também deram o seu contributo, como condutores e os cameramen. Será uma gala beneficente cujo valor arrecadado será para o tratamento de saúde do veterano Valdir Alves, reconhecido pelo trabalho desempenhado junto à diáspora, e onde será homenageado o jornalista António Pedro Rocha”, avançou.
O valor da venda dos bilhetes, a preço de 500 escudos será destinado, como referido, a Valdir Alves, jornalista residente nos Estados Unidos, que passa por situações difíceis em termos de saúde.