No Boletim Oficial de 3 de Maio, o governo afirma que com a perda das suas habitações, as famílias afectadas pela erupção deixaram de ter rendimentos e de produzir, o que impactou de forma significativa a economia local de Chã das Caldeiras.
Para reactivar a vida económica da localidade, o governo concedeu a 50 famílias tratos de um lote de terrenos em Bangaeira, Chã das Caldeiras.
Os beneficiários receberão, gratuitamente, um projecto de construção, um licenciamento para construção e uma comparticipação no valor de 500 mil escudos pelo Ministério das Infraestruturas, Ordenamento de Território e Habitação (MIOTH), de forma faseada e após a verificação da utilização de cada adiantamento, conforme a evolução e o desempenho de cada agregado familiar, aquando da construção das suas habitações.
A comparticipação do MIOTH visa apoiar cada agregado na construção do tosco da primeira fase de habitação, que corresponde a uma tipologia. Ou seja, quarto, sala, casa de banho e cozinha.
O BO informa ainda que a execução do tosco inclui as fundações, pavimento térreo, alvenarias e laje de cobertura da habitação.
Cada agregado familiar poderá optar por um de três tipos de moradia, de acordo com o projecto facultado, comprometendo-se a respeitar a solução projectada. Entretanto, a resolução estabelece que caso o projecto não seja respeitado, o MIOTH suspenderá o apoio financeiro.
O documento esclarece ainda que o MIOTH pagará, a título de adiantamento 20% do valor total da verba, que corresponde a 100 mil escudos.
A partir do momento que receberem o primeiro adiantamento, todos os beneficiários têm três meses do adiantamento do pagamento das rendas.
O prazo global para a construção do tosco da moradia é de nove meses. O regulamento já está em vigor.
Em 23 de Novembro de 2014, após 19 anos o vulcão do Fogo entrou em erupção com fortes lavas que destruíram casas e outras infra-estruturas e terrenos agrícolas nos povoados de Portela e Bangaeira.