Adilson de Pina refere que, desde 2018, Cabo Verde não tem casos locais de paludismo, dado importante para que o país seja certificado como livre da doença.
"Cabo Verde já elaborou um relatório global, já foi apresentado à OMS e, em Junho, vamos ter uma equipa independente internacional que virá a Cabo Verde para fazer toda esta avaliação e comprovar que, de facto, não temos casos [paludismo]. Com isso, caberá à OMS, mediante os resultados da avaliação, tomar a decisão em certificar o país como livre do paludismo. Neste momento, não temos casos locais de paludismo em Cabo Verde”, assegura.
Adilson de Pina avança que, com a erradicação do paludismo, o trabalho tem que ser redobrado, a nível das fronteiras, comunidades, e infra-estruturas de saúde, "para que estejam alertas, para que pensem na doença, para que casos que venham do exterior sejam diagnosticados e tratados”.
Adilson de Pina, sublinha que temos condições, em todas as estruturas de saúde, para detecção de casos de paludismo.
"Os casos são detectados e são hospitalizados, isso nos permite alguma segurança a nível de gestão dos casos, mas a ideia é mesma essa, reforçar as condições para que os casos que vêem de fora sejam diagnosticados e tratados atempadamente", explica.
Adilson de Pina falava à margem do workshop internacional WADE, a decorrer na Praia. O objectivo do atelier é reforçar as competências e criar redes de investigação a nível da eliminação do paludismo em Cabo Verde e na região africana.
O evento é fruto da colaboração entre o Instituto Nacional de Saúde Pública e a The London School of Hygiene and Tropical Medicine, contando ainda com a presença de investigadores do Senegal, Burquina Faso, Benin, além de Cabo Verde.
Decorrerá também uma sessão de capacitação sobre "o papel da análise espacial na eliminação do paludismo”, para os técnicos de saúde e estudantes universitários.