Arlindo do Rosário explica que as doenças oncológicas constituem um sério problema de saúde pública, sendo a terceira causa de morte no país e a principal causa de evacuação para o exterior.
“Prevê-se que a incidência de cancro, para daqui a 18 anos, venha a duplicar. A estes dados, acrescem ainda os impactos directos e indirectos que o cancro tem no sistema nacional de saúde, derivado dos elevados custos associados ao tratamento, como os impactos também muitas vezes imensuráveis no bem-estar psicológico, social e económico, seja para o doente, como para o sobrevivente” avança.
O governante explica que o sistema nacional de saúde tem sido reforçado, com a melhoria das infra-estruturas de saúde, bem como a aquisição de equipamentos, formação e capacitação de profissionais.
“Temos hoje profissionais de saúde das mais variadas áreas, formados e capacitados, na área da patologia ginecológica e colposcopia, na preparação de fármacos especializados, no sistema de registo oncológico hospitalar e populacional, nos cuidados paliativos e na cessação tabágica, na formação essencial para a intervenção num dos principais determinantes do cancro”, sustenta.
“A nível hospitalar, temos testemunhado também, melhorias substanciais na nossa capacidade de diagnóstico, estadiamento, tratamento e seguimento das doenças oncológicas", complementa.
“Inovação e Humanização” é o lema do evento científico. O objectivo é reunir profissionais de saúde, investigadores nacionais e internacionais para partilha de conhecimentos científicos na área da oncologia, para uma visão holística na abordagem das doenças oncológicas na subregião.
Segundo o relatório estatístico do Ministério da Saúde, em 2019, foram registados 337 óbitos por cancro, sendo que os mais prevalentes são os do esófago, do estômago e dos pulmões.