ONU avisa que 32% da população cabo-verdiana sofre de insegurança alimentar e que há famílias rurais a comer menos

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,25 jun 2022 14:19

O Programa Mundial de Alimentos (PMA) e a Organização das Nações Unidas para e Agricultura (FAO) indicaram esta semana que 32 por cento (%) da população cabo-verdiana sofre de insegurança alimentar e que há famílias a comer menos.

Conforme cita a Inforpress na página informativa das Nações Unidas (ONU) as agências mencionam a seca, a Covid-19 e a crise na Ucrânia como factores que levaram ao aumento de pessoas a passar por situação de insegurança alimentar no país, estimando que a situação afecta 181 mil pessoas, ou seja 32% da população nacional, incluindo crianças.

“O número de pessoas afectadas pelas crises de alimentos e de nutrição em Cabo Verde atingiu recorde neste mês de Junho, com 181 mil mulheres, homens e crianças enfrentando insegurança alimentar”, refere o documento divulgado pela ONU.

Segundo a ONU, 32% da população cabo-verdiana está a sofrer de insegurança alimentar, o que fez com que o governo declarasse estado de emergência económica e social no dia 20 de Junho.

As agências da ONU afirmam que se o problema não for tratado com urgência, haverá interrupções na produção agrícola e no acesso aos alimentos, colocando mais vidas em risco, já que Cabo Verde depende bastante das importações agroalimentares.

“Anos de seca que levaram à queda na produção de alimentos, uma crise económica desde o início da pandemia de Covid-19 e impactos da alta [de preços] nos mercados de energia e de produção alimentar por conta da guerra na Ucrânia são os principais factores”, lê-se.

As agências da ONU lembram ainda que Cabo Verde depende fortemente do turismo, sector que fornece empregos a 70% da população e que nos últimos dois anos viu as receitas do turismo caírem 78%, com consequências severas para a economia.

Em Abril, sublinha a nota divulgada pela ONU, uma missão da FAO, PMA e governo de Cabo Verde descobriram que famílias de áreas rurais estão a reduzir o número de refeições e a comer menos, às vezes passando de três refeições por dia para apenas uma.

Conforme realçam, na última estação de chuvas, choveu 34% menos do que o esperado em Cabo Verde, que registou a maior queda na produção de cereais, com corte de 93%.

A vice-directora do PMA no Oeste da África, Elvira Pruscini, afirmou que o momento é “crítico para união em apoio ao Governo e para se conseguir garantir o básico em termos de alimentação e de nutrição para as comunidades mais vulneráveis”.

O PMA e a FAO precisam de 15 milhões de dólares para apoiar o plano de resposta governamental, com duração de dois anos, prevendo a entrega de refeições escolares e reforço da produção agrícola.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,25 jun 2022 14:19

Editado porAndre Amaral  em  22 dez 2022 23:28

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