Isabel Moniz refere que a Colmeia tem sobrevivido graças ao apoio de uma instituição religiosa, caso contrário, já teria fechado portas.
“Neste momento, o nosso orçamento mensal ronda os 450 a 500 contos mensais. Nós temos seis técnicos especialistas a pagar, apoiamos as famílias com transporte para as deslocações para virem à Colmeia, mais outros tipos de apoio, para outras estruturas. Damos apoio em termos de reabilitação nas comunidades",explica.
A responsável da Colmeia quer que as infra-estruturas de saúde, educação, e protecção social tenham recursos humanos na área de habilitação e reabilitação, para que seja possível trabalhar na intervenção precoce.
“São essas especialidades que vão constituir uma equipa multidisciplinar, pluridisciplinar sectorial, para que quando nasce uma criança que esteja na condição de deficiência possam ter essas respostas, a nível da saúde, a nível social, antes de entrarem para a escola, para as creches", explica.
"Neste campo, neste momento, temos um grande problema que tem a ver com a cobertura das terapias a nível do INPS, que ainda não estão cobertas pelo Estado", acrescenta.
Isabel Moniz aponta como prioridade a criação de um pacote legislativo e financeiro para dar respostas directas às famílias, realçando que a Associação que dirige tem identificadas famílias que passam por várias dificuldades, da alimentação ao transporte.
A presidente da Colmeia apela à melhoria das políticas públicas.
Esta manhã, a partir das 9 horas, a Colmeia realiza nos jardins do Palácio da República um leque de actividades recreativas, culturais e desportivas, assim com venda do livro “O Sonho de Laurinha”, da autoria de Carina Alves, Presidente do Instituto Incluir, do Rio de Janeiro (Brasil), e Célia Sousa, Coordenadora do Centro de Recursos para a Inclusão Digital, do Politécnico de Leiria (Portugal). No local também existirão quadros pintados pelos jovens com necessidades específicas.
A verba arrecadada servirá para apoiar o orçamento da organização.