A afirmação é do ministro do Mar, Abraão Vicente, que explicou que as duas infra-estruturas estão incluídas no pacote que o Governo está a negociar com o Banco Europeu do Investimento, devido à necessidade de o País ter uma estrutura de apoio à navegação, à marinha mercante e à armação de transportes.
Para o governante, da parte do Governo, há “um foco grande” em mobilizar investimentos.
“Se no passado esperava-se que chegasse a Cabo Verde um parceiro estratégico com os milhões para fazer o investimento, neste momento da parte do Governo há esta visão de que é necessário, por questões de soberania nacional, haver um investimento através da dívida soberana e da dívida concepcional nestas duas infra-estruturas”, reforçou o ministro do Mar.
Abraão Vicente anunciou que deverá seguir em finais de Abril para Bruxelas, após a missão do vice-primeiro-ministro, para, logo a seguir, ser a vez do primeiro-ministro deslocar-se à sede do Banco Europeu do Investimento para “fechar este pacote estratégico”.
“Contamos iniciar este ano o projecto, contudo é preciso perceber qual é o período de maturação de um processo como este, que leva algum tempo, e ainda estamos em fase de mobilização, em que os próprios parceiros e os bancos internacionais pedem garantias de retorno do financiamento”, clarificou o ministro.
“Estou em crer que os números tanto da Cabnave como os números potenciais da Onave irão garantir que este investimento tenha retorno e Cabo Verde possa pagar tranquilamente os serviços da dívida”, finalizou Abraão Vicente.
A Cabnave é um estaleiro de reparação naval de médio porte, ao passo que a Onave se ocupa da reparação de pequenas embarcações de pesca e de recreio, ambas sediadas em São Vicente.