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Ulisses Correia e Silva justifica a decisão com a criação de condições de “sustentabilidade financeira” dos Estaleiros Navais de Cabo Verde (Cabnave), empresa inaugurada há 40 anos e que, segundo o governo, “nunca recebeu investimentos”.
“Vamos regularizar a dívida do Estado para com a empresa, porque é importante entrar, pelo menos este ano, em condições de sustentabilidade financeira. Em segundo lugar, já está em curso o lançamento de um estudo para reestruturação, modernização e equipamento da Cabnave, que é um projecto que vem da década de 80 e que depois de todos estes anos é preciso investir nos equipamentos na maquinaria”, assegurou.
Segundo o chefe do governo, o objectivo é posicionar São Vicente como uma centralidade importante a nível de prestação de serviços.
“A nível da prestação de serviços, já presta um excelente serviço, mas tem um potencial de aumentar ainda mais, de criar postos de trabalho mais qualificados, substituir aqueles trabalhadores que entrarão na reforma, porque muitos dos trabalhadores dos quadros da Cabnave já estão em idade de reforma, há necessidade de reavivar e criar novas condições para que o pessoal mais novo possa entrar neste tipo de actividade, que é muito importante para a economia da ilha, e do país”, afirmou.
Em Outubro de 2022, o Governo, através do ministro do Mar, anunciou que estava a trabalhar num pacote de investimento de 50 milhões de euros para colocar a Cabnave “no seu estado normal de funcionamento e relançar novos nichos de negócio”.
Sobre o futuro das Oficinas Navais de São Vicente (ONAVE), de acordo com Ulisses Correia e Silva, este "está a ser trabalhado dentro do pacote da Cabnave”.
“ONAVE está dentro deste pacote com a Cabnave, vai ser certamente orientado para reparação de embarcações de pescas, de pequeno e médio porte. Vai necessitar também de investimentos, da sua reestruturação, está dentro deste pacote de estudos que vai ser feito para definir o quadro de investimentos necessários”, esclarece.
O Primeiro-Ministro também visitou, na tarde desta segunda-feira, as obras para a construção do Terminal de Cruzeiros, tendo anunciado a previsão da conclusão para “Janeiro de 2024”.
“Estamos a colocar muita expectativa neste empreendimento, que vai posicionar São Vicente a nível de turismo de cruzeiro com um valor muito maior do que aquilo que existe actualmente. Um investimento importante que, segundo está indicado poderá estar pronto em Janeiro de 2024”, referiu.
O primeiro-ministro iniciou hoje um conjunto de visitas a instituições e empresas ligadas ao sector das pescas e do mar, em São Vicente.
