Luís Pires considera que as medidas do governo para os emigrantes são tomadas sempre em contramão.
“Criando mais dificuldades ao desalfandegamento de produtos, por exemplo, medidas facilitando as companhias que operaram para Cabo Verde há vários anos e que prestam um serviço extraordinário que nem mesmo o Governo tem a plena consciência da falta que faziam, deixando de prestar esses serviços“, aponta.
“Nós não temos barcos nacionais como tivemos antigamente, barcos de longo curso, que prestavam um serviço extraordinário a Cabo Verde. Precisamos voltar para uma política capaz de potenciar aquilo que os emigrantes podem dar para além das remessas", avança.
Sobre a interpelação ao Governo relativamente às políticas públicas para a educação em Cabo Verde, Luís Pires afirma que toda a comunidade educativa espera por melhores dias no sector da educação.
"Nós precisamos investir mais e mais a sério neste sector fundamental para o futuro de Cabo Verde, onde a qualidade decresce a olhos nus. O próprio sistema tem consciência disso, os pais e encarregados de educação e toda a comunidade educativa reclamam por melhores dias para este sector em Cabo Verde. Um sector determinante para o progresso e para a integração social sem rotura”, refere.
O PAICV entende que é preciso a inclusão necessária para os jovens que, em situação de desespero, optam pela emigração.