Estação das chuvas poderá começar em meados de Julho com valores dentro da média

PorAilson Martins, Rádio Morabeza,8 jun 2023 13:58

Denise de Pina, Cláudio Santos
Denise de Pina, Cláudio Santos Radio Morabeza

A previsão de chuvas para o ano agrícola de 2023 está dentro da média climatológica. Esta informação avançada hoje, em conferência de imprensa, pela Administradora Executiva do Conselho de Administração do Instituto Nacional da Meteorologia e Geofísica, em conferência de imprensa, na cidade da Praia.

Denise de Pina aponta que a média se situa em torno dos 106,7 milímetros, o que corresponde a 106,7 litros de água por metro quadrado.

"E à volta dos 244 milímetros, que correspondem a 244 litros por metro quadrado de terreno, no período Julho, Agosto e Setembro. Sendo que, para as ilhas do sul do arquipélago, as probabilidades apontam uma ligeira tendência para as chuvas serem acima dessa média. Em termos de início da estação de chuvas, prevê-se um início normal a precoce, ou seja, a meados de Julho, e fim de estação tardia em meados de Outubro”, afirma.

A administração do Instituto Nacional da Meteorologia e Geofísica avança que se prevê que o fim da estação seja tardia, em meados de Outubro.

Denise de Pina sublinha que não se descarta a possibilidade de ocorrência de eventos meteorológicos extremos tais como tempestades tropicais, chuvas intensas, ventos fortes e agitação marítima.

Por sua vez, o presidente da Agência Nacional de Água e Saneamento, Cláudio Santos, frisa que devido à falta de precipitação, registada nos últimos anos, não tem havido recuperação dos volumes de água nos principais reservatórios naturais subterrâneos, estando estes no limite mínimo das suas capacidades.

Cláudio Santos, acredita que a precipitação aguardada possa ajudar na recuperação dos volumes de água nos principais reservatórios de recarga natural das águas subterrâneas

"Garantindo a recarga dos aquíferos, assim como a resultante melhoria da capacidade de mobilização de água nos principais furos, poços e nascentes, acrescido de uma estabilização ou redução da condutividade eléctrica ou salinidade da água mobilizada. A ANAS tem estado engajada no controle e na gestão hidrológica no todo do arquipélago, no sentido de garantir o necessário equilíbrio na exploração das águas subterrâneas e na gestão adequada dos pontos de água, principalmente dos poços e dos furos, cuja tendência, devido aos anos de seca, tem sido alvo de uma evidente sobre exploração", explica.

O presidente da Agência Nacional de Água e Saneamento lembra que qualquer chuva é bem-vinda, mesmo que não permita a recuperação total das reservas.

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Autoria:Ailson Martins, Rádio Morabeza,8 jun 2023 13:58

Editado porAndre Amaral  em  9 jun 2023 14:07

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