À Inforpress, a bióloga e responsável do projecto Tarsan, Heidy Medina, avançou que o projecto iniciou as suas actividades no dia 1 de julho, cobrindo um total de 17 praias, sendo 11 no município do Tarrafal e seis na Ribeira Brava.
Contudo, a responsável afirmou que este ano “a falta de colaboração” da população tem sido maior, tendo em conta as “provas, através das carapaças” que apontam para mais de 50 tartarugas já abatidas.
A bióloga avançou que a maioria dos abates têm sido registada no município do Tarrafal, sendo que o maior número de apanhas continua sendo na praia de Broco, onde foram registados até ao momento 20, e, na praia antes de Carberinho, onde foi registado igual número.
Heidy Medina apela ainda a população para se envolver mais na protecção desta espécie em vias de extinção, e afirma que se se continua a registar abates “é porque há mercado que compra”, pelo pede às pessoas a não colaborarem com esta prática.
“Temos constatado que quando há muitos emigrantes a captura é maior porque muitos dos caçadores capturam as tartarugas para vender a sua carne aos emigrantes que vêm de férias”, denunciou.
Neste sentido, segundo avançou, responsáveis do projecto participou recentemente no encontro com os emigrantes, realizado pelas câmaras municipais, no sentido de os sensibilizar e alertar para o crime que representa a apanha e o consumo de tartarugas.
A protecção e conservação das tartarugas marinhas em São Nicolau é desenvolvida pela Associação de Biólogos e Investigadores de Cabo Verde (ABI-CV).