Em comunicado enviado à Inforpress, o Chefe de Estado defendeu que “urge implementar o Plano Estratégico de Desenvolvimento da Guarda Costeira, um instrumento de programação consensual no seio da corporação, que aponta os caminhos a seguir, no horizonte 2017-2027, numa lógica de edificação de capacidades e de olhos postos no desenvolvimento do País e da consolidação da economia azul, como factor de competitividade”.
Na qualidade de Chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas, também felicitou e enalteceu “o meritório trabalho desenvolvido pelos homens e mulheres do mar” que, com “abnegação e espírito de sacrifício, servem os propósitos de desenvolvimento do País, neste quesito que é fundamental para consolidação da autoridade do Estado no mar”.
No mesmo documento, José Maria Neves considerou a data comemorativa “um momento de jubilo, mas também de reflexão sobre o caminho percorrido e os desafios que ainda persistem, designadamente, o reforço e a valorização dos recursos humanos, bem como a operacionalização dos meios navais e aéreos”.
José Maria Neves lembrou também que a segurança é um bem “inalienável e fundamental” para qualquer Estado de Direito Democrático, “mormente, para Cabo Verde, um pequeno Estado insular em desenvolvimento”, cujo modelo de desenvolvimento está “assente na prestação de serviços”.
“Para um Estado oceânico como Cabo Verde, no qual mais de 99% do seu território tem o selo marítimo, aliado às pretensões, legítimas, de extensão da sua plataforma continental para além das 200 milhas náuticas, impõe-se a edificação de instituições de segurança capazes de dar respostas adequadas aos desafios actuais e emergentes”, destacou.
Neste particular, o mais Alto Magistrado da Nação regozijou-se com o anúncio do Governo sobre a aquisição de uma aeronave que, “além da capacidade para patrulhamento aéreo, terá capacidade para evacuações médicas urgentes e a realização de outras missões de interesse do Estado”.
Por outro lado, o Presidente da República advertiu que “é preciso valorizar a manutenção e a reparação dos equipamentos navais, envidando todos os esforços que se mostrarem necessários para tornar operacionais os parcos meios navais de que dispomos, principalmente no caso do único meio naval com capacidade para operar em toda a extensão da nossa Zona Económica Exclusiva (ZEE) e nas Search and Rescue Region (regiões de busca e resgate) no âmbito dos acordos internacionais”.
José Maria Neves aproveitou ainda para augurar à Guarda Costeira “bons ventos e boas marés” para os desafios futuros, ao mesmo tempo que encorajou os homens e as mulheres que servem “nesta grande instituição, a continuarem a cumprir Cabo Verde, com o altruísmo e sentido de Estado, que lhes é característico”.