Em declarações à imprensa a presidente da comissão organizadora, Elisa Silva, destacou a urgência da aposta na investigação científica.
“Estamos com uma grande expectativa no sentido de estabelecermos parcerias com instituições de ensino superior em Cabo Verde para que possamos, conjuntamente, contribuir para o desenvolvimento da ciência em Cabo Verde. Eu defendo que os investigadores devem trabalhar em parceria. Estamos no séc. xxi, estamos numa sociedade do conhecimento, da informação e da comunicação. Então, é urgente que o Estado faça mais investimentos a nível da investigação científica”, defende.
O evento conta com especialistas nacionais e internacionais de diversas áreas, para além de governantes. A administradora da ULCV, Filomena Martins, explica que o que se pretende é que, a partir do congresso, o poder político produza linhas de intervenção que permitam às instituições de ensino superior, aos investigadores e cientistas produzirem conhecimento dentro do país.
“O primeiro eixo do nosso congresso é ciência. Nós, Cabo Verde, CPLP, África, temos que ser capazes de produzir conhecimento que sirva às nossas necessidades de desenvolvimento. O segundo eixo é a inovação. Este mundo, tal como está, já não se compadece com os protótipos, as respostas, os modelos que temos usado. Temos que ser capazes de inovar, de transformar, de redimensionar o conhecimento, às respostas, à ciência e inovação. Caso contrário, não conseguiremos responder aos grandes desafios”, afirma.
Dos temas em debate, destaque para a economia verde, a economia digital, a transição energética, a educação, o turismo, o património cultural e artes.
A abertura do primeiro Congresso Internacional da Ciência, Inovação e Desenvolvimento acontece na tarde desta quarta-feira, na Universidade Lusófona de Cabo Verde, em São Vicente, presidida pelo Presidente da República, José Maria Neves.
O acto conta com intervenções do Primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva e da vice-presidente da República Popular de Angola, Esperança da Costa.