Desta vez "a Brava tremeu mais forte", disse António Lopes Marcelino, dirigente da protecção civil municipal.
Segundo aquele responsável, houve prejuízos em quatro casas, uma delas provocando um ferido, quando o residente fracturou o braço depois da queda de parte do telhado.
"A população está com medo", acrescentou.
O cenário é relatado também pelos residentes.
"A primeira vez [que a terra tremeu] foi por volta de 18:15, não foi tão forte como as seguintes. Por volta das 20:00 a 21:00 horas foi mais duro", apontou Anderson Batista.
"Tremeu umas nove vezes, por aí, e as pessoas saíram das casas. Na nossa, as vitrinas que tinham loiças começaram a cair", descreveu.
"Ainda hoje de manhã, tremeu duas vezes, mas foi mais tranquilo", contou.
Aquele residente disse que, de acordo com os relatos, telhados de outras casas caíram e paredes de algumas que eram mais antigas começaram a apresentar fissuras.
"A minha avó, as minhas tias, o meu primo", uma criança de quatro anos, "dormiram na rua", por receio, depois de uma parte do telhado da casa ter caído, acrescentou.
"Como a situação já se normalizou, agora, estamos dentro de casa, mas se continuar assim, devemos procurar uma mais moderna", acrescentou.
Segundo relatou, na zona onde habita, toda a vizinhança ficou nas ruas até altas horas da madrugada.
Para este morador, apesar de estarem acostumados a alguns sismos, "esta é a primeira vez que ocorreu tão forte".
Por sua vez, um outro morador, Adilson Pereira disse que desde criança está acostumado a sismos na ilha, mas que o que aconteceu desta vez foi "muito forte".
A ilha da Brava registou em Janeiro deste ano, um “ligeiro aumento” da actividade sísmica, disse na altura o geofísico Bruno Faria, que admitiu a continuação da actividade, mas sem motivos para alarme.
Cerca de 5.500 pessoas vivem na ilha.