O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, presidiu a abertura do evento, que teve lugar esta quarta-feira, 3, e afirmou que esta distinção é para ter consequências porque “a saúde mental não pode ser considerada o parente pobre do Sistema Nacional de Saúde”.
“A declaração do ano da saúde mental, esta declaração é para ter consequências, primeiro colocar como uma prioridade, como se costuma dizer a saúde mental não pode ser o parente pobre do sistema Nacional de Saúde, segundo ampliar e requalificar a rede de serviços de saúde mental em todo o território nacional, nós somos ilhas e naturalmente fragmentadas por territórios que são o país, mas que criam assimetrias e os problemas existem, as situações existem , as pessoas existem lá onde estão a actuar a intervir e a morar e deve-se fazer o máximo de esforço para que a prestação de serviços cheque a todos”, afirmou o primeiro-ministro.
Segundo Ulisses Correia e Silva a escolha do ano da saúde mental tem por objectivo dar visibilidade sobre a importância da saúde mental, desenvolver uma consciência social sobre esta problemática, promover hábitos de vida saudável e reforçar as políticas públicas e as iniciativas que visem a melhoria da saúde mental.
O Governante reconhece que existem estigmas sociais quanto à questão da saúde mental e que estes devem ser combatidos para que quem precisa de auxílio possa procurar o apoio necessário e nos locais adequados.
“Os estigmas sociais referentes as saúdes mentais existem não só em Cabo Verde, mas em qualquer parte do mundo e devem ser combatidos, enfrentados de frente porque são constrangimentos a procura de auxílio, de serviços especializados, são constrangimentos que muitas vezes provocam discriminação, problemas de intervenção social e é um dos factores que devem ser devidamente considerados”, frisa Ulisses.
A ministra da saúde, Filomena Gonçalves, lembrou que os dados do último inquérito nacional dos factores de risco das doenças não transmissíveis apontaram que 1,7% população adulta tentou ao subsídio com maior incidência nas mulheres, cerca de 2,6% e que 3,3% da população adulta já pensou em suicídio e que deste número apesar 36% procuraram atendimento medico.
Levando em consideração estes números, Filomena Gonçalves, considera que a distinção deste ano como sendo o ano da saúde mental “simboliza muito mais do que uma mera campanha representa um movimento coeso de renovação, de esperança e humanização, unidos assumimos o compromisso de fomentar um Cabo Verde onde a felicidade e o suporte mútuo sejam não só ideias mais uma realidade tangível e quotidiana”, concluiu.