Um “mundo” de répteis únicos

PorSara Almeida,3 fev 2024 5:08

Osga de Bouvier - Hemidactylus bouvieri
Osga de Bouvier - Hemidactylus bouvieriRaquel Vasconcelos

Cabo Verde é um país com uma biodiversidade única, habitat de várias espécies e subespécies que só existem nestas ilhas. Destacam-se, neste cenário arquipelágico, os répteis terrestres, muitas vezes menosprezados e sobre os quais é preciso muito mais investigação. Urge, acima de tudo, criar um sentimento de orgulho sobre esta extraordinária riqueza natural, exorta a bióloga e investigadora Raquel Vasconcelos, para quem este é um património mundial, em que o país deve apostar.

“Cabo Verde é um país incrível a nível de diversidade única. Temos espécies que não só são únicas do país, como são únicas de uma única ilha do país e, dentro da ilha, só sobrevivem em determinada zona”. E entre os animais que por cá habitam, há uns, de que pouco se fala, que representam uma das maiores gamas de biodiversidade de vertebrados terrestres: os répteis.

“Os répteis sempre foram o ‘parente pobre’ dos vertebrados muito embora em Cabo Verde sejam muito mais diversos”, por exemplo, do que as vistosas aves, refere Raquel Vasconcelos, bióloga da Universidade do Porto e investigadora do BIOPOLIS/CIBIO – Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, que desde há largos anos faz investigação sobre os répteis terrestres em todo o arquipélago.

Até hoje, recorda, foram identificadas 32 espécies e subespécies de répteis endémicos (que só existem em Cabo Verde) e nativos. A diversidade é tanta que há espécies que existem, por exemplo, em Santiago e Maio, mas não são a mesma subespécie. “Temos uma subespécie única de Santiago, outra subespécie única do Maio. Isso é incrível”, observa.

Os porquês

As características do país e a Evolução explicam esta diversidade. Acredita-se que estes animais, ou os seus ovos, terão vindo da costa africana ou das Canárias, transportados pelas correntes oceânicas, em materiais flutuantes, e colonizado as ilhas.

Graças à sua biologia e fisiologia, determinados répteis sobreviveram à viagem e à vida neste seu destino. Por exemplo, o facto de não haver cobras prende-se com esses aspectos. Não são capazes de aguentar por muito tempo sem comida e sob o calor durante a viagem. Mesmo que atingissem as praias, não teriam encontrado alimentos, já que não havia mamíferos nas ilhas.

“É muito longe e a fisiologia das serpentes é muito delicada, enquanto as osgas, nomeadamente, são muito resistentes. Os ovos destas também são mais resistentes à salinidade. São muito boas colonizadoras de ilhas”, aponta a bióloga.

Aqui chegados, osgas e lagartos ficaram isolados nas ilhas. “Não há cruzamento, estes répteis não nadam e então, por selecção natural ou por acaso, acabam por divergir ao fim de milhares de anos”, refere, acrescentando que “muita da evolução que acontece em ilhas não é por selecção mas por questões casuísticas”. Por exemplo, se um animal que acidentalmente chegou a uma ilha era maior que a média na sua população de origem, todos os descendentes desse indivíduo na ilha podem herdar essa característica, resultando em uma população insular notavelmente maior do que a do continente, ilustra.

Cabo Verde, como lembra a bióloga, tem ilhas e ilhéus com 15 milhões de anos e embora algumas das ilhas já tenham estado ligadas durante alturas em que o nível de água do mar desceu, como aconteceu no Pleistoceno (nomeadamente, São Vicente e Santa Luzia), a maior parte das ilhas nunca o esteve.

Assim, as populações existentes em cada uma evoluíram de forma distinta e deram origem a estas populações únicas no mundo, muitas das quais, hoje em perigo…

Desafios e Ameaças

Um dos grandes desafios que se colocam ao país, face à diversidade e microcosmos em que estes animais habitam, “é o de adequar as áreas protegidas e mobilizar as organizações não governamentais e governamentais que actuam na área do ambiente para proteger aquelas populações”, aponta a bióloga portuguesa. Aliás, o facto de áreas de distribuição serem tão reduzidas para a maior parte destes répteis é, por si só, também uma ameaça.

Outra ameaça elencada são as alterações climáticas, uma vez que este é um grupo muito sensível às alterações do meio exterior, pois são animais ectotérmicos: “regulam a sua temperatura interna através da temperatura exterior”.

A seca é outra ameaça, pois, embora “os répteis, pelo menos as osgas, sejam organismos que são bastante resistentes à perda de água”, o impacto desta em todo o ecossistema é assinalável. Alterações no acesso a determinadas plantas e insectos também causam constrangimentos à sobrevivência das espécies.

Há, porém, no entender da bióloga, uma ameaça ainda maior, que “não está listada pela União da Conservação da Natureza”, ou seja, não é formal mas é grave, e que é a “falta de conhecimento geral” sobre estes répteis.

Uma carência que pode pôr em causa a sobrevivência das espécies, levando a uma perda não só para o país como para o mundo.

Um outro réptil, neste caso marinho, é chamado à comparação: as tartarugas. Como se sabe, esta espécie nativa de Cabo Verde foi alvo de uma forte campanha. “Foi bastante importante o governo actuar com alguma celeridade há 20 anos, porque havia caça dirigida tanto aos ovos como às fêmeas o que poderia pôr em causa algumas populações”, considera a bióloga. Porém, se a população da tartaruga verde diminuir no arquipélago, não sendo esta uma espécie endémica, pode contrapor-se com uma tendência crescente em outra parte do mundo. Ora, o mesmo não acontece com as endémicas. “Se desaparecer a osga da ilha do Maio, que é única, só existe nessa ilha, perdemos a osga em todo o mundo”, aponta.

Além disso, e voltando à ameaça informal referida, o trabalho de conservação das tartarugas trouxe também investigação e conhecimento ecológico. “Neste momento, sabemos exactamente qual é a média de ovos que cada fêmea põe, em que praias, com que frequência, quais são os tamanhos, os pesos, tudo”, refere. Sobre essa osga e outros répteis terrestres endémicos… nada.

“Chegamos ao cúmulo de haver espécies em Cabo Verde, lagartixas por exemplo, que não sabemos se põem ovos [ovíparas] ou se são se dão à luz [vivíparas]”. Assim, defende, há muito trabalho a fazer e que é de suma importância, pois só com o mesmo é possível “proteger a espécie.”

Podemos proteger as tartarugas transferindo os ovos predados para um local seguro. No entanto, “se nem sabemos se as lagartixas estão a pôr ovos ou a dar à luz, como é que as vamos proteger?”, questiona a investigadora.

Uma outra ameaça que se tem de ter em conta – e para a qual tem havido maior sensibilidade nos últimos anos, é para a existência de mamíferos invasores, com destaque para os gatos.

“O gato é uma grave ameaça” para os répteis, principalmente nas ilhas. Tanto que há já países insulares que ponderam “proibir as pessoas deixarem os gatos em liberdade, por forma a controlar os danos que provocam na biodiversidade”. Uma medida com a qual a bióloga portuguesa concorda.

“As ilhas evoluíram sem predadores mamíferos. Esse é o caso de Cabo Verde, que não tem mamíferos não-voadores nativos ou endémicos”, lembra.

Dar valor

Raquel Vasconcelos dedica-se, desde há muitos anos, à conservação por meio da investigação genética. Neste momento, as suas investigações prendem-se com a dieta de osgas e lagartixas através da análise das fezes destas, utilizando o ADN presente nelas.

E desde já há muitos anos também que presta, quando solicitado, e tal como outros investigadores, “o apoio científico necessário para se tomarem as melhores decisões”. Porém, como lembra, cabe ao governo e ONGs que actuam nessa área fazer os planos de acção e implementar as acções práticas.

O que fazer então, para proteger estes seres únicos do mundo? Há que, como referido, ter mais conhecimento.

“Não sabemos quase nada sobre a ecologia destas espécies únicas!” reforça.

E há, antes de mais, que “reconhecer que são nossos, que são únicos em todo o mundo e que é um orgulho para Cabo Verde ter tantos e tão diversos e tão emblemáticos, com hábitos tão distintos”. Falta, pois, essa consciencialização, “criar esse orgulho”, a partir da qual se teria certamente um outro olhar sobre estes animais.

Cabo Verde, como lembra, tem já a experiência de um trabalho de conservação “incrível” com (e voltamos a elas) as tartarugas. “Em 20 anos conseguiram mudar a mentalidade das populações” e promover a conservação da espécie, destaca.

Boas notícias, mas…

Há, várias espécies e subespécies, que tal como a Tarentola gigas (ver caixa) estão em perigo de extinção. Mas por vezes acontecem algumas boas surpresas.

Uma osga que durante muito tempo se deixou de ver e se pensava estar quase extinta é a osga de Bouvier - Hemidactylus bouvieri.

Desde 1995 que não havia registo de avistamentos. Em 2012, Raquel Vasconcelos estava a fazer trabalho de campo em Santa Luzia, e juntamente com Jailson Oliveira, membro da Biosfera I, avistaram uma. Foi uma festa.

Entretanto, após formação dos técnicos daquela ONG ambientalista, com a própria Raquel Vasconcelos, começou a haver monitorização mais constante e consistente e outros indivíduos foram encontrados, em zonas muito específicas (altas e húmidas). Com a remoção dos gatos de Santa Luzia, há uns anos, há indícios de que a população está a aumentar e é cada vez mais fácil encontrá-los.

Quanto às outras ilhas, “não se sabe muito bem o que está a acontecer”. Sabe-se que esta espécie existiu em Santo Antão, mas durante décadas não foi avistado nenhum exemplar.

“Não se viu mais nenhuma população em Santo Antão, mas também ninguém procurou”, avalia a investigadora.

Há alguns anos, após seis meses de procura por parte de Raquel Vasconcelos e o biólogo Samir Martins (da BIOS.CV), um indivíduo foi encontrado. Apenas um, o que mostra como esta espécie está em risco. “São muito, muito poucos indivíduos. Muito vulneráveis aos gatos e às alterações climáticas, porque parecem ser uma espécie que sempre encontramos em zonas um bocadinho mais húmidas e mais altas. Gosta daquela frescura. E a frescura que cada vez é mais escassa em Cabo Verde”, refere.

Em termos de conservação, este seria, pois, um réptil a priorizar. Outro seria, considera, a osga de López-Jurado Hemidactylus lopezjuradoi, que só existe no Fogo e do qual só se encontraram também uma meia dúzia de indivíduos. Os espécimenes foram avistados pelos “colegas do projecto Vitó”.

Um outro réptil, que ainda não possui estatuto de conservação pois foi descrito apenas em 2020, é a osga-dedos-de-folha de São Nicolau Hemidactylus nicolauensis, do qual se encontraram cerca de quatro indivíduos em São Nicolau e nas mesmas condições.

“Só em zonas muito altas, muito poucos indivíduos”, observa, resumindo que a prioridade de conservação deveria ser pois, a seu ver, os Hemidactylus.

Lista Vermelha

A última Lista Vermelha – documento que informa sobre o estado de conservação das espécies nativas e endémicas – de Cabo Verde data de 1996. Daí que os ambientalistas defendam, como referido na edição do EI da semana passada, a necessidade de uma actualização urgente.

O ideal seria que a mesma fosse actualizada anualmente, porém, conhecendo-se a complexidade e abrangência dos procedimentos, pelo menos que o seja a cada dez anos.

“Estamos a cometer erros a vários níveis”, refere a bióloga. A nível de espécies (que foram descritas e que não estão a ser tomadas em conta), a nível da distribuição (há novos pontos de distribuição que se conhecem)” entre outros. Ora tudo isso “afecta imenso o poder assumir se a espécie está ameaçada ou não”, o que “tem implicações depois a nível político”, por exemplo “a nível de tornar esta espécie punível de ser colhida ou não”.

Recentemente, salvaguarda, mais concretamente em Abril de 2022 foi publicado um decreto-lei (DL n.º8/2022 de 6 de Abril) que “estabelece medidas de conservação e protecção das espécies da flora e da fauna, que devem ser objecto de protecção especial, enquanto componentes da biodiversidade e parte integrante do património natural de Cabo Verde”. Embora o documento use ainda a Lista Vermelha de 96 para uma grande parte das espécies, traz já uma listagem bastante mais actualizada e abrangente a nível dos répteis.

Raquel Vasconcelos, que colabora com o Ministério do Ambiente nestas questões, colabora também, por mote próprio, com a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN). Em 2013, com base nas investigações feitas no âmbito do seu doutoramento e tendo em conta que da lista vermelha nacional está muito desactualizada, a investigadora contactou a entidade e solicitou a actualização do estatuto de conservação de vários répteis de Cabo Verde, na Lista Vermelha dessa instituição internacional.

A ideia, é que Cabo Verde tivesse, pelo menos, “ferramentas para poder dizer que esta espécie tem que ser protegida e aquela não, para se poderem dirigir projectos e a investigação nacional para aquele grupo”.

De 2013 a esta data, houve já mudanças e descobertas que ainda não constam da lista. Em 2020, por exemplo, a própria Raquel já descobriu uma nova espécie.

Tráfico de animais

Um fenómeno, entretanto, para o qual bióloga alerta, é para o comércio, ilegal, de animais exóticos que muitas vezes coloca as espécies em perigo e para o qual, adianta, já avisou o Ministério do Ambiente.

“É um dos maiores comércios do mundo. A seguir ao tráfico de armas e drogas, vem o tráfico de seres humanos, e, depois, animais exóticos. É um volume de negócio inacreditavelmente grande” no mundo, aponta. Quanto a Cabo Verde, não se sabe, até ao momento, qual o volume, que existe tráfico, existe.

“No eBay sei que estiveram à venda osgas gigantes de Cabo Verde. É lamentável, mas é verdade”.

Além do comércio ser ilegal, é inclusive proibido colher indivíduos ou até aceder aos ilhéus, áreas protegidas que são uma reserva integral, sem “uma autorização especial que nem aos cientistas dão com facilidade”. Mas, como há grande interesse internacional em ter estes répteis exóticos como animais de estimação, a lei é desrespeitada.

Para combater esta situação, a bióloga sugere mais divulgação sobre as espécies. Quanto mais amplo e divulgado for o estudo dos répteis em Cabo Verde, mais fácil é controlar não só esse tráfico, como as pessoas que podem aceder às áreas restritas.

Quanto à questão das áreas protegidas em si, Raquel Vasconcelos considera que Cabo Verde tem feito progressos notáveis, considerando sua recente implementação, mas insiste na necessidade de priorizar a protecção de ilhéus e áreas únicas para a fauna e flora. Assim, embora reconheça o turismo como um motor económico de Cabo Verde, locais como Santa Luzia, deveriam preservar-se como laboratórios naturais.

Aliás, toda a questão da biodiversidade e ambiente deveria ser prioridade para o país mesmo em termos de turismo.

“O património natural e cultural deve ser a aposta de Cabo Verde a meu ver. Falando como uma crioula de coração é isso que eu desejo”, conclui.

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O gigante extinto

Foi já em 1912 que se viu o último Chioninia coctei, o lagarto gigante endémico de Cabo Verde.

Uma das razões da extinção, suportada por um estudo sobre o ADN do conteúdo intestinal de três exemplares do lagarto gigante, terá sido o declínio de aves marinhas em Santa Luzia, aliada à captura de exemplares e secas severas.

O estudo, intitulado de “Explorando um almoço com 120 anos: O que podemos aprender com as colecções de espécimes de espécies extintas?”, sugere também que a baixa taxa de fecundidade deste lagarto (que apenas atinge a maturidade sexual aos cinco ou seis anos no mínimo), bem como o facto de só porém dois ovos por ninhada terão sido também factores que contribuíram para a extinção. A estes, junta-se a introdução de predadores mamíferos como gatos e roedores, nos habitats da espécie.

Por fim, acrescenta-se que a sobreexploração por negociantes de história natural terá também tido um importante papel nesta extinção.

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C. coctei Litografia de Felix de Brito Capello adaptado de Bocage (1896)

Nos séculos XVIII e XIX, muitos naturalistas estrangeiros começaram a levar exemplares do lagarto gigante de Cabo Verde para o estrangeiro. Só num ano, o conhecido naturalista italiano conde de Peracca terá levado cerca de 40 indivíduos que depois vendeu, a 5 francos cada, para diferentes museus da Europa.

O impacto, tendo em conta o número de anos que a espécie demora a atingir a maturidade sexual, foi, pois, muito elevado, causando um desequilíbrio grande.

Na altura, claro, ainda não havia os conhecimentos de hoje e a noção de que as espécies podiam “sequer ser extintas, porque tudo era criado por Deus e a criação divina não podia ser apagada. Era toda uma outra mentalidade”, salvaguarda Raquel Vasconcelos. “Gozaram com Darwin quando disse que as espécies podiam extinguir-se. “

Hoje, sabemos que podem e “estamos actualmente a atravessar a 6ª extinção em massa, desta vez causada apenas por acção humana, e a um ritmo cem vezes superior às anteriores”. Mas sabemos também que há formas de o evitar.

Entretanto, em 2005, recorda a bióloga, foi encontrada uma mandíbula (que tem como característica única o facto de os dentes teres cinco pontas) nas fezes de um gato em Santa Luzia. Questionou-se se o felino tinha comido um indivíduo juvenil que ainda existia, ou se terá comido um fóssil do réptil. Ficou a dúvida e a investigadora e outros biólogos e membros das ONGs reviram a ilha na esperança de encontrar um indivíduo vivo. Não encontraram.

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O gigante em perigo

Um dos répteis mais emblemáticos de Cabo Verde, a osga gigante Tarentola gigas, enfrenta também a extinção. Trata-se de uma osga endémica e com características muito peculiares e raras entre as osgas.

“É muito raro, a nível mundial, termos uma osga que come aves e que carqueja. Eu nunca ouvi, mas dizem-me os pescadores que emite sons que parecem de uma galinha”, conta a bióloga.

Esta osga, aliás, já está extinta na ilha de Santa Luzia, existindo actualmente nos ilhéus Branco e Raso “porque são reservas integrais”, e esteve mais protegida de invasores como o gato e o rato.

Urge, pois, agir de imediato para evitar o total desaparecimento desta espécie, e, se possível até, reintroduzir a Tarentola gigas em Santa Luzia.

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Osga gigante - Tarentola gigas no ilhéu Branco - Raquel Vasconcelos

Estudos nesse sentido já há. Um estudo (“O que a osga gigante está a jantar? Genética da Conservação para orientar a gestão de Reservas em Cabo Verde”) que tem como primeira autora Catarina Pinho, aluna de doutoramento na Universidade do Porto, cuja tese está a ser orientada por Raquel Vasconcelos, analisou a genética e dieta destas osgas nos dois ilhéus, bem como os alimentos aí disponíveis, para compreender a ecologia da espécie e orientar acções de conservação. A conclusão é que sim, essa acção de reintrodução da espécie em Santa Luzia reúne condições para o sucesso.

“Introduzir de novo a osga gigante no habitat dela em Santa Luzia seria um bom trabalho de conservação, porque é uma ilha muito maior e porque garante que se acontecer alguma coisa nos ilhéus, a população continua viável em termos de número de indivíduos e de diversidade genética”, defende Raquel Vasconcelos. 

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1157 de 31 de Janeiro de 2024.

@Fotos gentilmente cedidas por Raquel Vasconcelos

Reportagem realizada no âmbito da Formação em “Introdução às Ciências Climáticas e

Ambientais”

do Projecto CFI

/Terra África 

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Autoria:Sara Almeida,3 fev 2024 5:08

Editado porSara Almeida  em  6 fev 2024 17:43

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