​Cabo Verde prepara-se para ter acesso ao Fundo Verde para o Clima

PorFretson Rocha, Rádio Morabeza,10 mai 2024 14:33

Cabo Verde deve submeter, no início do segundo semestre, um pacote de projectos de adaptação e mitigação das alterações climáticas para financiamento internacional junto do Fundo Verde para o Clima (GCF), disse hoje o coordenador do projecto da FAO.

Revelação feita à Rádio Morabeza, em São Vicente, por Manuel Pinheiro, consultor da FAO e coordenador do projecto “Reforçar as capacidades de Cabo Verde na abordagem dos efeitos das alterações climáticas em sectores-chave da economia azul”. O responsável afirma que o acesso ao fundo, de mais de 11 mil milhões de dólares, depende de bons projectos e da capacidade de coordenação do país.

“Um critério máximo para acesso é que todos os projectos têm que ter uma racionalidade climática para fazer face aos efeitos das mudanças climáticas. Isso quer dizer que é bastante específico e que exige preparação técnica e científica. Para além do manual, o projecto inclui a elaboração de um programa de investimento climático que será submetido ao GCF. A submissão será ainda este ano. Julho ou Agosto é a data limite para a submissão. Vai depender da aprovação da Autoridade Nacional Designada”, aponta.

As declarações de Manuel Pinheiro foram feitas durante o workshop técnico de apresentação do projecto. Ao longo de dois anos, o projecto abordou os impactos negativos da subida do nível do mar, aumento da temperatura da água, eventos climáticos extremos, a acidificação oceânica e alterações na distribuição de peixe e biomassa que afectam os ecossistemas marinhos e costeiros.

O responsável explica que são áreas que podem ser abrangidas pelo Financiamento do Fundo Verde para o Clima.

“Temos áreas que precisam de uma atenção especial, por exemplo do ordenamento do território nas zonas costeiras. A longo prazo, se se verificarem todos os cenários das alterações climáticas, teremos de facto a subida do nível do mar, que tem impacto principalmente nas ilhas planas. Também poderá ser projectos de conservação e de recuperação da biodiversidade, a questão da regeneração do peixe a nível do mar com tecnologias já conhecidas em outras paragens”, aponta.

Pescas, aquacultura, turismo e economia azul são sectores-chave.

“Depende da capacidade do país, da capacidade de coordenação e de ter bons projectos que tenham estes critérios de adaptação e mitigação climática”, diz.

O workshop de apresentação de resultados do projecto”“Reforçar as capacidades de Cabo Verde na abordagem dos efeitos das alterações climáticas em sectores-chave da economia azul” foi realizado pela FAO e pelo Ministério das Finanças.  

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Autoria:Fretson Rocha, Rádio Morabeza,10 mai 2024 14:33

Editado porSara Almeida  em  21 nov 2024 23:27

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